MotoGP: Ducati ainda tem objetivos em jogo num ano agridoce

Por a 4 Novembro 2021 15:55

Com o título de pilotos no campeonato de MotoGP já fechado e com duas corridas até ao final, as equipas começam a fazer contas relativas àquilo que ainda podem conquistar. No caso da Ducati, estando perdido o objetivo principal, ainda há objetivos em jogo, para tornar a época menos amarga.

Com Fabio Quartararo garantido no primeiro lugar, o objetivo imediato da Ducati será garantir que Francesco Bagnaia não perde o segundo posto para o anterior campeão, Joan Mir. Bagnaia tem uma vantagem de 27 pontos e tem sido mais consistente do que o espanhol esta temporada, por isso o italiano é teoricamente favorito para garantir à Ducati o segundo lugar pela quarta vez nos últimos cinco anos.

Mais difícil será fazer com que Jack Miller coloque a segunda Ducati no último lugar do pódio. O australiano caiu em Misano, tal como Bagnaia, e não só está mais longe de Mir (26 pontos), como ficou três pontos atrás do piloto-satélite da Ducati, Johann Zarco, no campeonato. Mas esse sucesso dos pilotos-satélite, embora prejudicial para Miller, pode dar à Ducati outro motivo para sorrir.

Graças à sua grande profundidade na atual grelha de MotoGP, a marca italiana está em vantagem para conquistar o título de construtores, tendo uma vantagem de 12 pontos sobre a Yamaha. Para além do número de pilotos, é de salientar o facto de cinco dos seis pilotos da Ducati terem terminado as respetivas provas como a melhor moto da marca.

Também o título de equipas está em jogo e aí a vantagem é da Yamaha, com imenso mérito de Quartararo. Com a saída de Maverick Viñales da equipa japonesa a meio da época e com a recuperação lenta de lesão do substituto Franco Morbidelli, Quartararo foi o melhor Yamaha em todas as corridas do ano, excetuando três.
Só Quartararo amealhou 267 dos 364 pontos que a marca japonesa tem nesse campeonato, com uma vantagem de 13 pontos sobre a Ducati. Se Bagnaia e Miller não tivessem caído em Misano e tivessem terminado com prováveis 36 pontos, a Ducati estaria em vantagem para levar o título de construtores e o de equipas.

Pode-se argumentar que a marca italiana tinha provavelmente uma excelente hipótese de conseguir os três títulos este ano, devido à sua profundidade na grelha, e devido aos vários problemas que a Yamaha teve. E é devido à inconsistência e a erros dos seus pilotos que dois desses títulos estão prestes a fugir (um deles já fugiu). Por isso, independentemente do que vier a acontecer, a Ducati poderá encarar esta temporada como agridoce.

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