MotoGP, Doha, 2021 – Análise: A performance de Oliveira no TL1
Problemas na escolha de pneus, atrasaram a entrada do piloto português em pista no primeiro treino livre (TL1) e a verdade é que o 15º tempo não é absolutamente um bom indicativo. Analisemos então o que sucedeu a Miguel Oliveira no primeiro treino para o Grande Prémio de Doha.
Miguel Oliveira fez o seu melhor tempo da manhã (1’55.770, 15º) com um pneu traseiro médio e um de composto duro à frente. Nas poucas voltas que realizou, esteve distante dos primeiros nos dois primeiros parciais do circuito, fazendo as suas melhores marcas no 3º e 4º parciais onde teve tempos entre os dez primeiros. Só isto, já quererá dizer que muito ainda há para melhorar na sua KTM RC16 – até porque Danilo Petrucci com a KTM da Tech3 com uma volta magnífica (o italiano chegou a liderar a sessão) concluiu o TL1 com o 6º melhor tempo.
Sendo verdade que devido a problemas na escolha dos pneus, Oliveira entrou tardiamente no treino livre desta manhã – e por isso saiu prejudicado para obter uma volta rápida -, também se compararmos o que aconteceu no TL1 de há uma semana atrás, neste mesmo circuito, o resultado agora alcançado piorou. Por exemplo, Miguel Oliveira foi o quarto mais rápido no 4º parcial e agora andou na cauda dos dez primeiros.
Espera-se assim que o set-up da moto melhora no TL2, especialmente no que respeita à escolha dos pneus. Sendo sabido que, arriscar com um pneu macio dificilmente será uma boa escolha, ao contrário de pneus médios ou duros maioritariamente escolhidos pela concorrência do piloto luso. A velocidade máxima alcançada esta manhã pela moto de Miguel Oliveira – a penúltima do pelotão, de apenas 341 km/h contra os quase 353 km/h da Ducati de Zarco – é outro indicativo que ainda muito trabalho há para fazer na moto do piloto português.