MotoGP, Catalunha: A crónica dos acidentes que envolveram Bagnaia e Bastianini
Pecco Bagnaia e Enea Bastianini, os dois pilotos da equipa de fábrica Lenovo Ducati, sofreram no início da corrida de domingo dois violentos acidentes. Aqui fica a descrição detalhada do que aconteceu.
O início do GP da Catalunha em Montmelò foi dramático. Na primeira curva Enea Bastianini foi longe, superando outras Ducatis, nomeadamente as de Zarco, Bezzecchi e Alex Marquez, além de outros pilotos. Bastianini, que já tinha sido penalizado em três posições, quando partir para nova corrida terá que cumprir uma Long Lap pela sua manobra no Barcelona-Catalunha.
Mas na cabeça da corrida aconteceu o pior. Pecco Bagnaia, que começou bem, já estava a fugindo quando na saída da curva 2 sofreu um violento highside que o lançou ao ar. Brad Binder, com a KTM, não o conseguiu evitar e passou por cima das pernas de Bagnaia. A corrida foi imediatamente parada com bandeira vermelha.
Pecco permaneceu no chão, no meio do asfalto, sempre consciente. Momentos emocionantes viveram-se com as câmaras como sempre a evitar o piloto acidentado. Bagnaia foi então levado de ambulância, primeiro para o centro médico do circuito, e depois para um hospital em Barcelona. A corrida esteve parada durante quase 20 minutos.
Ás 15h10, o Doutor Angel Charte , diretor médico do MotoGP, declarou à SKY: “A nível radiológico, surgiu uma imagem de um trauma, uma fratura, que pode ser do passado, acima do fémur e da tíbia, mais investigações precisam ser feitas para entender se há fraturas. Outros exames e radiografias são necessários, inclusive a nível craniano, torácico e geral”.
Acidentes acontecem. Porém, estas são situações não deviam exisitir e, infelizmente, veem-se repetindo a uma cadência pouco habitual nesta temporada ‘louca’ de 2023. O que tem feito a Comissão de Segurança do MotoGP para as evitar? Será que Freddie Spencer (que desde 2019 ocupa o cargo de Chief Steward do MotoGP FIM) e os seus pares, mais uma vez vão fechar os olhos a esta situação. Pelo menos, deviam-se lembrar que ‘sem artistas não há espetáculo’.