MotoGP, Austrália: Cinco pilotos separados por 40 pontos na reta final

Por a 10 Outubro 2022 15:00

O MotoGP prepara-se para mais uma jornada de duas corridas consecutivas. O próximo Grande Prémio vai decorrer em Phillip Island, na Austrália, com o campeonato bastante animado no que toca à luta pelo título.

Os cinco primeiros classificados estão a 40 pontos de distância, com 75 ainda em disputa. Fabio Quartararo (Yamaha) mantém-se como líder do campeonato, Francesco Bagnaia (Ducati) está agora a apenas dois pontos, Aleix Espargaró (Aprilia) a 20, Enea Bastianini (Gresini) a 39 e Jack Miller (Ducati) está a 40 pontos. Mas o australiano terá a vantagem de correr em casa.

Miller vai poder pilotar a moto de fábrica da Ducati no seu país pela primeira vez, com a possibilidade de ganhar ainda mais ímpeto. Ele é o piloto do top-5 que mais pontuou nas últimas três corridas – 56, com Bastianini a vir a seguir, com 42 pontos somados – tendo somado 45 em 50 possíveis nas últimas duas. Por comparação, Bastianini amealhou 17 pontos em Motegi e Buriram, Bagnaia 16, Quartararo oito e Aleix Espargaró apenas cinco. Um ou outro piloto da frente tem vacilado, ao contrário de Miller, que agora vai correr em casa.

O australiano vai ser um piloto a ter em conta, tal como Bastianini, embora o italiano não tenha um grande historial na pista. Aleix Espargaró tem um bom historial e Bagnaia impressionou na última (e primeira) vez que ali conduziu uma moto da classe principal. Depois, há Quartararo. O francês não tem tido os melhores resultados na Austrália, mas quererá mudar a sua sorte num circuito que pode favorecer a Yamaha.

Mas há dois nomes que se destacam quando falamos desta pista. O primeiro é o de Maverick Viñales (Aprilia), que terminou com a seca de vitórias da Yamaha em 2018, tendo sido depois o único piloto a ficar perto de Marc Márquez (Honda) em 2019 antes de uma queda na última volta. Viñales volta à pista com uma nova moto, em que está mais consistente.

O outro nome a ter em conta é o de Marc Márquez, que tem sido bastante rápido em solo australiano. Enquanto continua a ganhar ímpeto após o seu regresso, resta saber até que ponto consegue surpreender. O circuito é simpático para quem não está a 100% fisicamente, faltando saber o que o espanhol consegue fazer.

A experiência pode ser um fator que favorece os pilotos mais veteranos da grelha – incluindo Márquez – sendo que esta é a primeira visita desde 2019. A lista daqueles que nunca correram em Phillip Island vai para além dos rookies de 2022, mesmo com os estreantes de 2020 Brad Binder (KTM) e Álex Márquez (LCR) a conduzirem aqui pela primeira vez. Miguel Oliveira também nunca efetuou uma corrida aqui, uma vez que estava lesionado para domingo na última visita. O próprio Fabio Quartararo não foi além da curva 1 da última vez.

Por falar nos rookies, destaque para Remy Gardner (Tech3), que também vai correr em casa, e vai querer mais pontos após uma época difícil. Phillip Island também pode decidir o rookie do ano, com Marco Bezzecchi (VR46) a ter possibilidade de fechar esse título, depois da sua primeira pole position na classe principal.

O título de equipas também está em jogo, com a Ducati Lenovo Team a ter de obter mais 16 pontos do que a Aprilia para conseguir o segundo de três títulos esta época. Bastianini também pode confirmar o título de pilotos de equipas independentes, embora Johann Zarco (Pramac) também esteja nessa luta. Por falar em Zarco, a Pramac procura assegurar o título de equipa independente. Por fim, há a assinalar o regresso de Joan Mir (Suzuki), que planeia voltar a correr em Phillip Island, uma pista que lhe traz boas memórias.

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Bernardo Figueiredo
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