MotoGP: As últimas ‘6 festas’ de Marc Márquez
Já decidido o seu futuro, o espanhol pode agora conduzir livremente, mas o que fará nas próximas corridas. Vamos vê-lo conservador ou a arriscar tudo…
Conforme relatámos, o próprio Márquez escreveu nas suas histórias no Instagram: “Vamos aproveitar essas 6 festas que nos restam este ano”. O espanhol referia-se obviamente aos 6 Grandes Prémios restantes da temporada, que marcarão o fim da sua relação de 11 anos com a Honda. Mas, como serão esses seis últimos fins de semana do espanhol com indumentária japonesa?
Marc Márquez mudou de estratégia diversas vezes durante a temporada e, não precisando mais trabalhar como testador de pista da Honda, agora poderá abordar as corridas de uma forma diferente. O espanhol pode optar por uma estratégia de gestão, sabendo que tem uma nova e interessante oportunidade à sua espera, representada pela GP23 da equipa Gresini, na qual o espanhol certamente quererá subir com toda a força, com a intenção de compreender os seus segredos o mais rápido possível. E agora, percebe-se porque nas últimas duas semanas, o espanhol manifestou o seu desinteresse em usar as últimas evoluções da Honda RC213V, certamente porque já sabia o desfecho da longa novela.
Como confirmado pelo próprio Márquez , agora a condição física já não é um problema, mas os espectros – principalmente – do biénio 2020 – 2022 poderiam aconselhá-lo a gerir as suas energias, mantendo-se assim alinhado com aquela mentalidade conservadora usada para focar-se mais no desenvolvimento da Honda do que no resultado final da corrida.
Voltaremos a ver o clássico Márquez?
Por outro lado, porém, está a verdadeira alma de Marc Márquez, a do campeão que não aceita perder. O espanhol já não tem nada a perder, está livre, portanto não seria tão estranho encontrar Márquez na pista com aquele mesmo estado de alma que evidenciou em Le Mans, que ao regressar do problema na mão terminou o Sprint entre os 5 primeiros e a lutar pelo pódio com Jorge Martin até as fases finais da corrida.
Resumindo, o clássico Márquez, aquele que está disposto a jogar o coração por cima da razão em nome da vitória, ou pelo menos em nome da vontade de dar mais uma alegria à Honda antes de partir. Obviamente, esta eventualidade colide com o baixo potencial da Honda , com a qual Marc foi capaz de lidar nos últimos 2 GP’s (Índia e Japão) para obter o máximo de pódios entre Sprint e corrida longa. Os últimos GP’s do ano será também uma pequena prova de fogo, a partir da qual talvez também possamos compreender algo mais sobre a sua actual situação física e mental.