MotoGP, Álvaro Bautista: “O maior desafio é acalmar os que acham que posso ganhar”
Álvaro Bautista vai regressar este fim de semana ao paddock do MotoGP, como wild-card da Ducati, cinco anos depois. O espanhol, que conquistou os últimos dois campeonatos de WSBK, fala das suas expetativas para o fim de semana em Sepang.
“Estou feliz por defender o título com o número 1, mas estamos no MotoGP para este fim de semana e estou entusiasmado por correr aqui em Sepang, uma das minhas pistas preferidas. Não corremos aqui na WSBK e vai ser bom fazer voltas com a MotoGP. Voltar a correr no MotoGP vai ser bom, especialmente com este novo formato sprint. Não tenho expetativas para o resultado, o nível da categoria é muito alto e muito próximo. Mesmo que não estejas a uma grande distância, podes estar longe na tabela. O objetivo é ganhar confiança com a moto, desfrutar e fazer um fim de semana de menos a mais. O principal vai ser divertir-me e dar o meu melhor. No teste de Misano, o tempo foi normal. Mas o importante foi a sensação que tive com a moto, depois de dois dias, comecei a voltar a perceber a moto com a aerodinâmica e os novos dispositivos que nunca uso nas minhas corridas. A sensação que tive com a nova moto foi boa e decidimos fazer um wild-card aqui, acho que posso desfrutar da moto”, disse.
“Este tipo de pistas com curvas longas e rápidas adequam-se bem a mim. Decidi vir para aqui, porque tinha de ser depois de o meu campeonato acabar, só tinha Sepang, Qatar ou Valência. Valência para o MotoGP é um pouco como karts e está um pouco de frio em novembro, pedi à Ducati para vir aqui e eles aceitaram. Para além da pista, o tempo também é bom, prefiro condições quentes, é uma pista onde posso desfrutar de conduzir a moto. O maior desafio é acalmar as pessoas que acham que posso ganhar ou fazer pódio, muitos estão a criar expetativas muito altas. Não estou pressionado para fazer um bom resultado, vou tentar divertir-me. Vai ser importante encontrar uma boa afinação na moto, esse vai ser o maior desafio. Não temos muito tempo, temos dois treinos livres e não há muito tempo para encontrar uma boa sensação, o tempo não é suficiente para chegar à melhor performance. Se puder terminar o fim de semana melhor do que o comecei, seria bom. Quero sentir que dei o meu melhor e que tive boa sensação com a moto, que tive a melhor performance com o tempo que tinha no fim de semana”, referiu.