MotoGP, Alberto Puig: “Não íamos pedir ao Marc para ficar se não está feliz”
Alberto Puig lamenta o facto de a Honda não ter conseguido dar uma moto competitiva a Marc Márquez, que já decidiu mudar de ares para a próxima temporada. O team manager, por outro lado, diz que não é a saída do oito vezes campeão do mundo que vai fazer com que a equipa desmoralize. Quando lhe perguntaram diretamente sobre a possibilidade de Miguel Oliveira se juntar à Honda em 2024, Puig foi claro, dizendo que ainda não contactou ninguém.
“Foi algo que foi possível, o Marc tem estado a tentar uma moto que se adeque ao seu estilo de condução e a Honda tem estado a tentar isso, mas não conseguimos até hoje. Ele precisava de outro tipo de moto para o próximo ano, nós percebemos isso e decidimos que o melhor era deixá-lo ir. É triste, mas, por outro lado, fizemos grandes coisas juntos, tivemos grandes momentos juntos, a Honda atingiu muitas coisas com o Marc e a Honda está muito grata pelo contributo do Marc. Estou certo de que o Marc também está grato por aquilo que a Honda fez por ele nos últimos anos, pela forma como o tratámos durante a lesão e o esforço que fizemos para preparar o que ele precisava para ganhar títulos. Ele tem estado a pedir melhorias na moto há muito tempo, mas tomou a decisão na semana passada, na terça-feira, contactou-nos e explicou-nos. A Honda não vai tentar convencer um piloto que não quer ficar na Honda. A Honda respeita muito o Marc, e, se a sua cabeça não está cá e se quiser sair, a Honda não o vai impedir. Não íamos pedir para ele ficar se ele não está feliz. Perder um campeão nunca é bom, mas ainda pior é desistir do teu sonho. Vamos perder o Marc, mas a filosofia da Honda é a filosofia da Honda, vamos continuar a lutar para ter uma moto competitiva. Temos muitos altos e baixos na história da Honda, mas a vontade de melhorar e de estar nas posições de topo está sempre lá. É triste parar esta relação, mas temos de continuar e a vida continua para todos. Esperamos que o Marc possa ter aquilo que merece e possa ter uma grande carreira à sua frente e nós vamos tentar fazer uma moto muito competitiva para lutar contra ele”, disse.
“As pessoas acham que temos estado em contactos, mas não contactámos ninguém. Até terça-feira, quando recebi o telefonema do Marc, não fizemos nada, porque tínhamos dois pilotos, o Joan e o Marc. A partir do momento em que ele anunciou que ia embora, vamos começar a pensar, mas ainda não nos sentámos para decidir. É um timing difícil, mas vamos ver como é que podemos resolver isto. Nunca colocámos nenhum nome na mesa até agora. Temos de o fazer, claro, porque não temos um piloto. Mas isso [Miguel Oliveira] é algo que vocês estão a dizer, não sou eu. Para já, não posso dar atualizações, porque não as tenho”, referiu.