MotoGP: 2023, o pior ano da carreira de Miguel Oliveira

Por a 21 Dezembro 2023 11:29

Em 2023, Miguel Oliveira viveu o pior ano da sua carreira desde que terminou em 21º no Mundial de 2015 com a equipa Leopard-Kiefer de Moto2. Porém, o seu pai e empresário Paulo Oliveira, tem o cuidado de não criticar a ex-equipa CryptoDATA RNF.

O piloto português Miguel Oliveira teve de fazer três pausas por lesão este ano. Depois da colisão com Marc Márquez no domingo em Portimão, depois do GP de Jerez e depois da queda em Doha. O #88 da Aprilia terminou o Campeonato do Mundo no 16º lugar geral e com escassos 76 pontos. Na KTM conquistou cinco vitórias no MotoGP, bem como o segundo lugar no Campeonato do Mundo de Moto3 em 2017 e também o segundo lugar no Campeonato do Mundo de Moto2 em 2018 (6 vitórias).

Mas rapidamente se tornou evidente na RNF que as práticas de pagamento do novo parceiro romeno de equipa (CryptoDATA) deixavam muito a desejar. Os salários de novembro ainda não foram pagos, por exemplo!

O pai de Miguel, Paulo Oliveira, empresário do seu filho, descreve essas afirmações como ‘rumores dos mídia’. Mas o CEO da CryptoDATA, Ovidiu Toma, admitiu ao Speedweek.com em 26 de novembro em Valência que uma empresa de seu império havia comprado os naming rights do GP da Áustria, mas ainda devia à Dorna € 700.000, cerca de metade do valor. Toma estimou as faturas pendentes da equipa de GP em cerca de 1% do orçamento anual, o que seria cerca de 116.000 euros.

Uma vez que a Dorna pagou os cerca de 7 milhões de euros em subsídios para a RNF directamente à Aprilia, a equipa não tem dívidas no que diz respeito a materiais, e a Aprilia também pagou os honorários do piloto luso. “Sim, o Miguel tem contrato com a Aprilia, com este acordo tudo correu como planeámos”, disse Paulo Oliveira. “Não podemos reclamar. Não conheço o acordo entre a RNF e a Aprilia Racing. Mas acho que a RNF deveria ter pago mais pelas peças de atualização.”

Miguel Oliveira alcançou o quinto lugar no Texas em 2023, mas só ficou entre os 5 primeiros em Silverstone (4º lugar) e na Catalunha. Em Misano, o rápido português alcançou o sexto lugar.

Em Sepang, Raúl Fernández queixou-se amargamente do material que, na sua opinião, percorreu demasiados quilómetros. “Pneus novos são as únicas peças novas que vimos nas nossas motos este ano”, queixou-se o espanhol.

Em 2023, por exemplo, Miguel Oliveira sofreu uma falha de motor em Buriram, no GP da Tailândia, que venceu na Red Bull KTM à frente de Miller e Bagnaia no dia 2 de outubro de 2022, o que levou a mais um zero ali no domingo. “Isso pode acontecer com qualquer fabricante, faz parte do jogo”, tranquilizou Paulo Oliveira.

O ano de 2024 é um ano de renovada esperança para o piloto de Almada, que volta a pilotar a Aprilia RS-GP que bem conhece, mas com o reforço importante da entrada dos americanos da Trackhouse na equipa, que já disseram que vão querer motos com as especificações de 2024 para ambos os pilotos.

Aqui deixamos os nossos votos de uma grande temporada para o Miguel Oliveira no próximo ano, com muitas vitórias na classe rainha da velocidade, construíndo a par e passo, os alicerces necessários para chegar ao título máximo. Até porque, ele (o Miguel) já deu mostras de ser um piloto de classe mundial… Falta apenas, recuperar a estrelinha que perdeu este ano.

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Ricardo Ferreira
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