MotoGP, 2022: Taramasso nega que os pneus tenham motivado o acidente de Marc Marquez

Por a 27 Março 2022 00:05

A Michelin diz que a sua especificação revista dos pneus, não foi o factor que esteve na origem do acidente de Marc Marquez no warm up do GP da Indonésia.

Marc Marquez foi diagnosticado com diplopia (visão dupla) pela segunda vez em cinco meses após a sua enorme queda na Curva 7 na sessão do Warm Up de MotoGP em Mandalika. Agora, mas uma vez levantam-se a questão sobre o futuro do seis vezes campeão do mundo de MotoGP.

Na ilha de Lombok, a pouco tempo do arranque para o Grande Prémio da Indonésia, o #93 da Honda tinha um tempo para largar do 14º lugar na corrida daquela tarde, da qual seria excluído devido a uma concussão, porque ao cair bateu forte com a cabeça. Após o brutal acidente, Marc Marquez levantou-se pelo próprio pé, mas acabaria por ser transportado para o hospital mais perto para observação.

Questionado sobre as causas do impressionante acidente de Marc Marquez pelos nossos colegas da Speedweek, Piero Taramasso da Michelin, negou qualquer relação do novo composto com o infeliz incidente do espanhol. Segundo ele, a Michelin tinha trazido um pneu de nova construção para o Grande Prémio da Indonésia, relativamente parecido ao que os pilotos utilizaram nos testes de pré-época em Mandalika. Os compostos permaneciam os mesmos, mas estavam envoltos numa carcaça mais rígida, uma mudança motivada pelas temperaturas relativamente elevadas registadas no circuito.

Segundo Taramasso, os pneus não teriam durado a corrida inteira se não fosse a mudança de construção: “Colocamos sempre a segurança em primeiro lugar, mesmo quando se trata de desempenho. Os pneus de teste não teriam resistido à distância da corrida porque as temperaturas eram muito elevadas e nenhum dos compostos funcionava; todos os pilotos e todas as equipas repararam nisso”, explicou.

“No final dos testes, falei com todos os directores técnicos e gestores de equipas explicando-lhes a situação, dizendo-lhes que haveria uma mudança para a corrida. A única solução técnica possível era esta carcaça que já tínhamos utilizado em 2017 e 2018; emparelhámo-la com os compostos utilizados nos testes, de modo a não perturbar tudo. Estas carcaças são capazes de baixar a temperatura dos pneus de 15 a 20 graus e era isso que era necessário”.

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Ricardo Ferreira
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