MotoGP, 2022, Portugal, Miguel Oliveira (11º): “Fiquei condicionado por um problema técnico”

Por a 23 Abril 2022 17:28

O piloto da KTM revelou que o seu 11.º lugar na qualificação para o Grande Prémio de Portugal também se ficou a dever a um “contratempo técnico”. Ainda assim, o português recusa atirar a toalha ao chão…

O piloto luso da KTM esteve excelente na sexta-feira com o sexto lugar, mas a sua declaração de intenções ia para além disso, e nos 4,592km do Autódromo Internacional do Algarve acabou por averbar o melhor tempo na manhã de sábado no TL3. Contúdo, no piso seco da segunda qualificação ficou em décimo primeiro e penúltimo lugar, perdendo nada menos que 2,063 segundos para o melhor tempo de Johann Zarco.

“Hoje as condições meteorológicas mudaram ao longo do dia em comparação com ontem. Fomos fortes no TL3 molhado e, na verdade, em todas as condições. Na qualificação 2 tive um pequeno problema técnico após a metade dos 15 minutos. Como resultado, não consegui desenvolver o desempenho ideal. Mas nestas condições complicadas, o mais importante era ficar na moto e conseguir a melhor posição na grelha possível”, esclareceu o piloto de Almada, mais uma vez a contas com o redimento da sua moto.

“Claro que sim [estou desapontado]. Não tive muita ajuda, devido ao pequeno contratempo técnico que tive, mas não é o fim de nada”

Como todas as quatro sessões de treinos livres foram realizadas em pista molhada, as equipas ainda estão no escuro quando se trata de seleção de pneus e afinação para o que provavelmente será um domingo seco. “O warm-up será extremamente importante amanhã. Nesses 20 minutos temos que descobrir quais são as necessidades para a corrida, caso contrário não teremos a moto perfeita para as 23 voltas da corrida. Mas isso é praticamente o mesmo para todos.”

Quanto ao problema técnico no Q2, Miguel Oliveira disse que “aconteceu cerca de quatro minutos antes do final.. Então não fazia sentido entrar, trocar a moto e trocar os pneus novamente. Preferi ficar na pista e tentei resolver o problema de alguma forma.”

E como foi difícil para Oliveira se acostumar às condições de piso seco primeira vez no Q2? “Demorou cerca de duas ou três voltas até perceber onde não se pode ultrapassar, porque na pista seca a linha de condução é muito estreita. Quando uma pista seca tão rapidamente, podemos aumentar a nossa velocidade e ganhar 2 segundos por volta. Mas acho que fiquei um pouco lento e o problema técnico fez o meu ritmo sofrer um pouco. A minha última volta foi cancelada por causa disso. Caso contrário, eu estaria pelo menos uma posição à frente.”

“Queremos vir sempre competir em Portimão para ganhar, não para ficar fora do top-5. Há que trabalhar nesse sentido amanhã, e, depois do warm up, é que teremos uma ideia mais clara e concreta de como será a corrida”, explicou.

“Presumo que a minha posição inicial não é uma indicação das minhas possibilidades na corrida”, disse o quatro vezes vencedor do MotoGP. “Eu confio mais em mim, mas não sei  exatamente o que a corrida trará.”

Miguel Oliveira venceu em 2020 no circuito algarvio, Fabio Quartararo e Pecco Bagnaia adicionaram os seus nomes aos vencedores de Portimão em abril e novembro de 2021, respetivamente. “Espero que não haja um novo vencedor no domingo”, concluiu o luso com um sorriso.

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Ricardo Ferreira
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