MotoGP, 2021, Silverstone: Viñales wild-card na Aprilia, Dovizioso na Petronas?

Por a 21 Agosto 2021 16:00

A partida súbita de Viñales da Yamaha vira o alinhamento das equipas Yamaha de pernas para o ar. Morbidelli poderia regressar e juntar-se à equipa da fábrica diretamente, e Dovi saltar para a Petronas ainda este ano

Com a separação final de Maverick Viñales da Yamaha Motor Racing, há falta de pilotos de topo para as próximas corridas no Campeonato do Mundo de MotoGP – pelo menos na Yamaha.

A equipa Monster Energy ficou sem o companheiro de equipa do líder do campeonato mundial Fabio Quartararo, e na Yamaha Petronas, Franky Morbidelli deve estar fora de ação até Misano a 19 de Setembro.

A Yamaha e a Petronas anunciaram que o piloto de testes Cal Crutchlow irá alinhar na equipa de fábrica ao lado de Quartararo para o Grande Prémio da Grã-Bretanha em Silverstone.

Crutchlow tem tido um regresso difícil às corridas, fora dos pontos e último com 17º em ambas as corridas em Spielberg.

Para a Yamaha Petronas, o piloto das Moto2 Jake Dixon (acima) vai-se estrear no Campeonato Mundial de MotoGP, substituindo Morbidelli.

A seguir em Aragón, o colega da Petronas em Moto2 Xavi Vierge poderia andar pela Petronas ao lado de Valentino Rossi.

Entretanto, parece que Maverick Viñales irá testar para a Aprilia Racing no Circuito Mundial de Misano já a 31 de Agosto.

Como o seu contrato com a Yamaha foi rescindido, ele foi libertado para outras atividades. Semelhante ao que aconteceu a Johann Zarco em 2019, que foi despedido da KTM Red Bull depois do GP de Misano, mas foi autorizado a andar em três Grandes Prémios na Honda LCR em vez do lesionado Takaaki Nakagami.

Assim, Viñales ainda poderia disputar algumas corridas de wildcard com a Aprilia nesta época. O único senão é que os wildcards têm de ser pedidos com uma antecedência de dois meses antes do respetivo evento.

Uma vez que o contrato com a Yamaha só foi rescindido em 19 de Agosto, a Aprilia não poderia planear uma corrida wildcard com Viñales antes de meados de Outubro em circunstâncias normais, ou seja, apenas em Misano 2 a 24 de Outubro, Portimão a 7 de Novembro ou Valência a 14.

A “Gazzetta dello Sport”, normalmente bem informada, relata hoje em Itália que a Yamaha poderia resolver o dilema da iminente perda do Campeonato Mundial de Equipas e do campeonato de uma só vez, colocando Franco Morbidelli na Yamaha Monster de Viñales a partir do seu regresso, planeado no GP de San Marino a 19 de Setembro.

Especula-se que a Yamaha poderia então colocar Andrea Dovizioso na M1 da Petronas de Morbidelli, como companheiro de equipa de Rossi.

Mas o empresário de Dovizioso Simone Battistella sempre deixou claro que o tri-vice-campeão do MotoGP não está interessado em corridas individuais, só se um contrato com a Petronas para 2022 também estivesse em discussão.

Além disso, Dovizioso tem um contrato de longa data com a Red Bull, enquanto a rival Monster apoia a equipa Petronas.

Até agora, a única coisa que é certa sobre Dovi é que ele tem um contrato com a Aprilia para mais saídas de teste. Para além disso, não há acordos.

Razlan Razali, gerente da equipa Petronas, salientou no Verão que estava a formar uma equipa júnior da Yamaha com talento jovem, e pilotos como Johnny Rea e Dovizioso, ambos com 34 anos, estavam, portanto, fora de questão.

Mas após a saída da Petronas, a situação pode mudar. O novo patrocinador principal, a empresa italiana de energia WITHu, gostaria de ver um italiano na equipa.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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