MotoGP, 2021, Silverstone: Depois de Binder e Dixon, Jake Gagne?

Por a 23 Agosto 2021 17:00

Há uma certa falta de talento imediato para subir à MotoGP… de tal modo que o nome do dominador do Campeonato Americano Jake Gagne, que vem numa enfiada de 13 vitórias sucessivas na MotoAmerica, já está a ser sugerido como uma possibilidade

“O que estes pilotos têm em comum é experiência nula numa moto de 260 cavalos cheia de eletrónica e com mais botões no guiador que o carro familiar médio…”

De repente, há uma corrida ao talento em MotoGP… fala-se de Binder, o irmão mais novo Darryn, entenda-se, testar uma MotoGP já em Brno para poder ascender à Yamaha da Petronas, e Jake Dixon sobe à classe rainha já esta semana em Silverstone… o que dada a sua irregularidade numa mais mansa Moto2 é, no mínimo, uma aposta arriscada…

Mas o que estes pilotos têm em comum é experiência nula numa moto de 260 cavalos cheia de eletrónica e com mais botões no guiador que o carro familiar médio.

Além da pilotagem no limite mais rápido que nunca, um piloto de MotoGP tem de libertar atenção do difícil negócio da pilotagem para lidar com coisas como mapas de injeção que poupam o pneu no final da corrida, corte de ignição para entrar no pit-lane, sistema anti-wheelie, afundamento da suspensão no arranque e em curva, distribuição de peso à medida que o combustível gasta e a frente fica menos pesada, ou até ajuste no afundamento da manete à medida que as pastilhas gastam.

Algumas destas coisas estão presentes numa Moto2 ou SBK, mas não todas, e raramente ao mesmo tempo!

O facto é que, longe de olharem apenas para as fontes óbvias, como a Moto2 ou as SBK, a rede estende-se a Campeonatos como o Britânico, o CEV ou até a algo distante MotoAmerica, que já nos deu Gerloff e Beaubier.
Nas pegadas destes, e com um desempenho dominante ultimamente, está um relativo desconhecido, o Californiano Jake Gagne, que nem impressionou na passagem pela Honda no mundial de SBK em 2017 com resultados medíocres, forçada pela tragédia da morte de Nicky Hayden.

Desde então, tudo encaixou para Gagne ao ocupar o lugar deixado livre por Beaubier na Yamaha Fresh’n’Lean Attack Perfomance e o piloto de 27 anos nunca mais parou de vencer… será a crise da Yamaha o bilhete de ida para a MotoGP?

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