MotoGP, 2021: Reviravolta para Bagnaia?

Por a 5 Dezembro 2020 16:00

Após o seu título de Moto2, Francesco Bagnaia ficou classificado acima de Fabio Quartararo e Joan Mir, mas nos dois anos de MotoGP o italiano de 23 anos ficou na sombra dos seus rivais

“No próximo ano espero ser mais rápido!”

Francesco “Pecco” Bagnaia entrou no Mundial de MotoGP como Campeão do Mundo de Moto2 de 2018 e surpreendeu com a segunda posição nos testes de Sepang, em Fevereiro de 2019.

A partir daí, porém, Fabio Quartararo, com sete pódios e seis poles na época de estreia, ficou muito acima dele. Depois em 2020, Joan Mir, outro rival do Italiano em Moto2, sagrou-se campeão do mundo.

Pecco, por outro lado, lutou com dificulodades durante muito tempo: terminou a sua primeira temporada de MotoGP em 2019 no 15º lugar e apenas em terceiro na classificação dos estreantes.

Em 2020, estava a caminho de um primeiro lugar no pódio no segundo GP de Jerez, mas o motor da sua Ducati Pramac deixou-o ficar mal.

Em Brno, seguiu-se mais um revés: uma queda provocou uma fratura na canela e rutura forçada de ligamentos.

Na corrida de regresso em Misano, acabou por conseguir o primeiro pódio, mas no segundo GP da casa o protegido de Rossi enterrou as esperanças para uma primeira vitória na gravilha.

Na final, ficou apenas no 16º lugar do Mundial, mas no entanto, o piloto de 23 anos foi promovido à equipa de fábrica da Ducati.

Como é que Bagnaia vê as fortes atuações de Quartararo e Mir, que, tal como ele, se mudaram para a classe rainha em 2019? Uma motivação adicional ou uma causa de frustração?

“Abordámos certamente a classe de três maneiras diferentes”, disse o italiano.

“O Fábio veio para o MotoGP e sentiu-se logo à vontade. Esteve no pódio várias vezes no primeiro ano e depois venceu as duas primeiras corridas desta temporada. Eu demorei um pouco mais no início, mas ele foi mais consistente este ano. Este ano só fui rápido nalguns momentos, a velocidade só está a aparecer aos poucos.”

Pecco espera que isso mude em 2021, e não só em comparação com Quartararo: “Claro que são dois pilotos com quem já andei muito, mesmo muito, no passado, e sempre nos divertimos. No próximo ano espero ser mais rápido, pensando em mim mesmo, se conseguisse ser rápido e competitivo durante toda a temporada, certamente seria mais feliz!”

“Ao mesmo tempo, não somos apenas três em pista, há muitos outros pilotos. Portanto, será importante vencer os outros e não apenas aqueles dois”, disse Pecco.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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