MotoGP, 2021, Portugal: Joan Mir aguarda um novo depósito
Parece que a forma do tanque da Suzuki não tem ajudado e o campeão aguarda uma adaptação para Portugal
O atual campeão do mundo Joan Mir é apenas sexto na classificação de MotoGP de 2021.
Em dois Grandes Prémios, e com um 4º seguido de uma sétima posição, arrecadou 22 pontos.
O líder é, por agora, Johann Zarco, com 40 pontos.
Uma posição que não satisfaz o piloto oficial Suzuki que ainda por cima vê o seu companheiro de equipa Alex Rins à sua frente por um ponto.
Joan Mir pretende contra-atacar desde a primeira corrida na Europa, a seguir em Portimão, aonde não foi muito bem sucedido no ano passado. Mas, desde então, tem havido algumas melhorias nas GSX-RR…
Joan Mir regressa dos seus dois Grandes Prémios no Qatar com sentimentos contraditórios. E recorda:
“Depois de tantos dias em Losail, todos sabíamos como as motos se comportavam. Durante os testes, todos vimos quais as marcas a bater. No final, a Yamaha ganhou e a Ducati também estava lá, e nós não estávamos muito longe”, disse Mir. “Acho que fizemos um bom trabalho. Mas dava para ver que não tinha a moto mais rápida da reta, era difícil ir atrás da Ducati.”
“Estivemos vários dias no Qatar, todos conheciam perfeitamente o traçado, todos sabiam exatamente como andar rápido. Na Europa, vai ser diferente outra vez”, avisa Mirem vésperas do próximo encontro em Portimão:
“Pode não ser a melhor pista para nós ainda, mas o positivo é que não é o Qatar”, diz o piloto de 23 anos. “É definitivamente uma pista diferente. Aguardo com expectativa recomeçar na Europa. Espero melhores resultados e trabalho em fins de semana mais “normais”. Espero que possamos fazer um grande trabalho em Portugal.”
Para começar a ajudar, a sua GSX-RR sofreu uma pequena modificação que pode ter grandes efeitos. A ergonomia para um piloto é um fator essencial. Foi a melhoria desta que permitiu a Jorge Lorenzo revelar-se na Ducati, é o que segundo Petrucci está neste momento a faltar na KTM, e é novamente aquela que poderá fazer a diferença para Andrea Dovizioso na sua futura descoberta da Aprilia.
Joan Mir, por seu lado, tem um tanque especial na seu GSX-RR: “Ajuda-me”, diz o atual campeão mundial de MotoGP e explica: “Na fase de travagem, quero usar a força das minhas pernas. Costumo andar muito com as pernas. Eu não ando muito com a parte superior do meu corpo.”
“Se olharem para o tanque do Suzuki, é plano. Ao travar, os joelhos deslizam para a frente. Nunca gostei e é muito desconfortável. Agora temos uma forma de tanque mais natural. Isto permite-me trabalhar mais com as minhas pernas”, conclui o piloto da GSX-RR, que com 1,81m é dos mais altos da grelha, 5 cm mais alto que o seu companheiro de equipa Alex Rins e apenas 3 cm menos do que o mais alto do plantel, Luca Marini.