MotoGP, 2021: Max Verstappen elogia a MotoGP
“Mesmo quem se qualifique em 10º, ainda pode ganhar” diz Max Verstappen, estrela da Red Bull Racing na F1, elogiando a competitividade do MotoGP
2020 ensinou-nos muitas coisas, mas um dos grandes destaques de um ano desafiante fora de pista foi como o MotoGP esteve competitivo em pista.
Foi uma temporada em que testemunhámos um recorde de nove vencedores e vimos um magnífico total de 15 pilotos a terminar no pódio.
E parece que a natureza emocionante do MotoGP chamou a atenção de uma das maiores estrelas do automobilismo.
Max Verstappen, da Red Bull Racing, falou há dias sobre como as corridas são boas na MotoGP, comentando como os pilotos podem ganhar mesmo quando não se qualificam nas três primeiras linhas.
“Precisamos que as corridas na F1 sejam mais emocionantes e os pilotos possam seguir os outros carros mais de perto e não que a qualificação seja o fator decisivo durante um fim de semana de corrida como é agora”, começou por dizer o nove vezes vencedor em F1.
“Veja-se o Campeonato de MotoGP, por exemplo. Mesmo que te qualifiques em 10º lugar, ainda podes ganhar a corrida. Isso dificilmente acontece na Fórmula 1, só porque é tão difícil seguir outros carros na maioria dos nossos circuitos.”
Nomes como o campeão mundial de 2020 Joan Mir e do colega de equipa da Suzuki Ecstar, Alex Rins, hastearam a bandeira neste departamento.
A primeira vitória da temporada de Rins veio do 10º na grelha de partida em MotorLand Aragón, com o segundo classificado Alex Márquez (Honda Repsol Team) a abrir caminho de 11º na linha de partida.
E isso não foi o único brilharete do Campeão do Mundo de Moto2 de 2019.
O seu segundo lugar no GP de França à chuva veio depois do espanhol partir de 18º na grelha.
No GP de Teruel, o segundo no mundial na altura, Mir, qualificou-se em 12º mas conseguiu subir a 3º à bandeira xadrez – e não é a primeira vez que o agora bicampeão mundial mostraria tal qualidade num domingo.
Dos sete pódios, a melhor qualificação de Mir foi 5º, no dia em que venceu a sua primeira corrida da classe rainha no GP da Europa.
Por duas vezes, Mir veio mesmo de fora do top 10 para espalhar o espumante, e apenas três dos pódios foram conseguidos ao partir da segunda linha.
Isto mostra como a competição é boa no MotoGP, quando se considera que Mir é o primeiro campeão do mundo de classe rainha a não conseguir uma única pole position desde Wayne Gardner em 1992.
Também exibe a classe da Suzuki em 2020. Tal como Mir, o seu colega Rins era, por vezes, um demónio na tarde de domingo, o seu terceiro lugar em Barcelona veio de um 13º na grelha, e o seu sensacional 4º em Brno enquanto ainda andava com a lesão no ombro ainda a causar problemas veio de um 11º na qualificação.
Juntando isso ao facto das Equipas Independentes terem vencido mais de metade das corridas em 2020, apenas quatro corridas viram pódios sem um piloto independente, metade dos pilotos do top 10 eram pilotos de Equipas Independentes e vimos o primeiro pódio todo por pilotos de Equipas Independentes desde 2004, quando Miguel Oliveira (KTM Red Bull Tech3), Jack Miller (Ducati Pramac) e Franco Morbidelli (Yamaha Petronas SRT) subiram os degraus na final de um campeonato mundial cintilante de MotoGP.