MotoGP, 2021: Márquez: “Ainda tenho restrições nos movimentos”
O ’93’ da Repsol Honda, está mais consistente nos seus tempos, e espera ainda melhorar o seu rendimento nas últimas três corridas, mas ainda tem dificuldades em andar entre os mais rápidos, confessa o espanhol, seis vezes campeão do mundo no MotoGP.
Fazendo uma retrospetiva à corrida dominante de Marc Márquez no Circuito das Américas, lembramos que o espanhol assumiu a liderança desde o início e conseguiu andar em tempos na casa dos 2’04 minutos desde a quinta volta, e apenas nas derradeiras voltas da corrida foi significativamente mais lento até chegar à sua sétima vitória em Austin. Isto significa uma consistência maior do que em provas anteriores.
“Esperava essa consistência, porque normalmente consigo levar os tempos que consigo nos treinos para a corrida. Nas últimas cinco voltas em Austin fui mais lento porque a vantagem que tinha era maior ”, confirmou na conferência de imprensa em Austin Marc Marquez, que na situação atual ocupa o sétimo lugar no campeonato com duas vitórias e um segundo lugar.
“Sabia exactamente onde precisava de acelerar se o Fábio Quartararo tentasse pressionar-me, na segunda, terceira e quarta curva eu era o mais forte.
Também assisti aos vídeos do Pecco Bagnaia no dia anterior da corrida vendo as suas trajetória, e isso foi uma ajuda, porque o tempo dele era mais ou menos o mesmo ”, disse o mais velho dos dois irmãos Marquez.
No seu regresso à competição após uma longa paragem devido ao acidente em Jerez, Marc Márquez já soma duas vitórias e um segundo lugar, não parece muito para alguém que tem 58 vitórias e seis títulos mundiais na classe. Mas o piloto de Cervera tem as suas limitações, e conhece-as.
O piloto da Repsol Honda corre com um fato de pele especialmente adaptado, devido às sequelas de três operações ao braço direito. Mas a que distância está Marc Márquez de uma melhor condição física com maior mobilidade?
“Não sei exatamente onde estou, mas em alguns movimentos ainda estou muito longe da movimentação anterior do meu braço esquerdo”, disse Marquez abertamente.
“Mas agora posso manter a minha posição passo a passo no ponto de travagem. Do ponto de travagem para a entrada da curva ainda não me sinto bem, não consigo deslizar e virar a moto como antes. Esse foi um dos meus pontos fortes. Ainda tenho algumas restrições nos movimentos. “
O espanhol de 28 anos quer desviar o foco dos problemas físicos nos fins de semana de corrida.
“No Texas, disse no pit-lane na quinta-feira: ‘Não me perguntem sobre o meu braço. Vou tentar o meu melhor’. No sábado, por exemplo, não me senti bem e depois não forcei e poupei as energias para domingo”, disse o piloto da Repsol Honda, recordando a qualificação em que terminou muito perto do tempo da pole de Bagnaia.
No entanto, o terceiro lugar nos treinos significou a primeira largada do ’93’ da primeira linha, após 441 dias: “Fui para Austin convicto porque sabia tinha velocidade, nas outras pistas tenho que forçar mais. Porque mesmo quando dou o máximo na moto fico longe dos mais rápidos. Vamos ver como vão as coisas nas últimas três corridas.”
2labyrinth