MotoGP, 2021, Le Mans: Jack Miller, em detalhe
Após a sua segunda vitória consecutiva e o entusiasmo das breves declarações no pódio, Miller falou em maior detalhe na conferência de imprensa pós-evento
“Nem sei o que dizer deste fim-de-semana, tivemos condições de molhado, condições secas e o vento, o vento também teve o seu papel!”
“Foi uma corrida longa, isso de certeza, vi que estava a secar mas depois vi o Maverick a derrapar e passei o Maverick, mas o Quartararo passou-me, vi que estava a ser atacado pelas Yamaha Monster e depois pensei que eram apenas umas gotinhas quando o Fábio me passou, e aproximei-me dele, estávamos lado a lado na curva 8 mas depois vi que era mesmo chuva a sério, na parte de trás do circuito basicamente entrávamos numa parede de chuva!”
“Depois vi o Rins cair e era o Marc à frente e o Fabio segundo, e pensei vou fazer aquela curva com calma!”
“Alguém foi em frente na primeira chicane, a derrapar por todos os lados, e eu fui a direito a seguir, só estava a tentar parar, apontei à gravilha com as duas rodas bloqueadas, depois vi o aviso da minha penalidade longa, nem acreditava na altura, não sabia o que é que tinha feito errado, mas tinha sido o radar de velocidade nas boxes!”
“Nem tinha olhado para a zona da penalidade todo o fim-de-semana, e quando eu entrei lá vi que tinha aquele alcatrão mais antigo, mas pronto, a segunda foi mais rápida e nem perdi muito tempo, cumpri e depois comecei a andar à frente isolado, e conseguia ver onde é que o Johann Zarco estava em pista a apanhar o Fabio e conseguia ver e gerir o intervalo.”
“Só quando entrei na gravilha com os dois pés no chão a tentar equilibrar-me é que pensei que talvez tivesse deitado fora a vitória, e eles já iam mais à frente, mas depois vi que estava em linha para um pódio pelo menos, e vi o pelotão a vir atrás!”
“Para mudar de moto, sabia que tinha um intervalo decente estava a apanhar o Marc e o Fábio, nem acreditava que me tinham dado uma segunda penalidade, pensei que que se tinham enganado no número mas acabei por não perder assim tanto tempo, recuperei bastante especialmente na curva 1 a deixar a moto rolar sem arriscar demais!”
“Nas últimas sete voltas ainda pensei em trocar de moto outra vez, foi moedinha ao ar, mas fui aguentando e a 2 voltas do final não havia questão de fazer aquela longa reta das boxes, continuei e pronto.”
“Acho que a Ducati deste ano é melhor de sempre, sem dúvida nenhuma, levaram muitos anos a elevar esta moto aonde está agora, estou muito contente pela Ducati, muito orgulhoso de estar a trabalhar para eles e poder contribuir para esse sucesso!”
“Há tantos engenheiros a trabalhar duro na equipa do Gigi, todos a trabalhar constantemente para melhorar, eu sou muito sortudo por poder devolver estes resultados!”