MotoGP, 2021: KTM: Uma história de sucesso “Made in Mattighofen”

Por a 16 Janeiro 2021 16:00

Da sua estreia no Mundial em 2003, a KTM atingiu em 2020 as 111 vitórias em todas as classes, 14 delas com Miguel Oliveira

“Há mais laranja no paddock de MotoGP” Stefan Pierer

Foi só em 2003 que a marca se estreou na velocidade mundial, e logo em 2004, Casey Stoner venceu a primeira ronda do Mundial para a KTM.

Em 2020, voltaram a fazer história com a 100ª vitória e o primeiro triunfo na classe rainha.

“Há mais laranja no paddock do MotoGP”, comentou o CEO da KTM, Stefan Pierer, durante uma visita ao GP de Jerez em 2002, quando o antigo especialista de MX planeou e concretizou a entrada da KTM no campeonato mundial de velocidade de 125cc em 2003.

Em 6 de Abril de 2003, o envolvimento da KTM no Mundial de MotoGP começou com os pilotos Arnaud Vincent (abaixo) e Roberto Locatelli; depois, o francês foi substituído por Mika Kallio em Agosto.

Casey Stoner foi contratado em 2004 e já tinha a vitória em mente na segunda corrida em Jerez no dia 2 de Maio, mas caiu à chuva pouco antes do final apesar de uma vantagem de 10 segundos.

O australiano garantiu então a primeira vitória na 125 Austríaca em Sepang em 10 de Outubro de 2004, após a qual avançou para a classe de 250cc na LCR.

Na era dos dois tempos, a KTM Red Bull alcançou um total de 22 vitórias em GP, mas o fabricante de Mattighofen também falava regularmente sobre contratos de pilotos quebrados na era de Harald Bartol.

Pilotos como Arnaud Vincent, Stefan Bradl, Michi Ranseder, Robin Lässer, Anthony West, Gabor Talmacsi e assim por diante foram dispensados prematuramente com problemas.

Em parte isso devia-se a uma falta no planeamento, pois não havia departamento de corridas em Mattighofen.

Para 2005, a KTM também já queria formar uma equipa de fábrica de MotoGP, mas os planos foram suspensos em Julho de 2004 devido aos custos excessivos.

Posteriormente, a equipa Roberts recebeu motores KTM V4 de 990 cc para os pilotos Jeremy McWilliams e Shane Byrne.

No entanto, os patrocinadores de 2005 tinham desaparecido, e não chegou a haver contrato entre a KTM e o Team Roberts.

À medida que o norte-americano nem tinha dinheiro para pagar os pneus à Michelin e passava cada vez mais custos para os austríacos, a KTM recolheu novamente os motores no GP de Brno.

Após a crise económica de 2008, a KTM Red Bull retirou-se dos Campeonatos do Mundo de 125 e 250. Nessa altura já tinham sido investidos 38 milhões de euros, e a marca só não tinha ganho uma vez, em 2005.

Um ponto baixo aconteceu no GP do Qatar em 2005, quando Gabor Talmacsi ignorou as ordens de equipa a favor de Kallio, ganhou a corrida e abriu caminho para que Tom Lüthi e a Honda ganhassem o título.

O húngaro estava na luta pela liderança da equipa para 2006, mas foi despedido, e ganhou o Campeonato do Mundo para a Aprilia com a equipa Martinez.

Outros pilotos também se tornaram campeões mundiais apenas após a partida da KTM: Stoner, Bradl, Simon, Aoyoma, Krummenacher e Marc Márquez.

Quando a classe de 250, depois de 2009 e a de 125, depois de 2011, foram substituídas pelas categorias Moto2 e Moto3 a quatro tempos, o CEO da KTM, Stefan Pierer, mostrou pouco entusiasmo pelo regresso aos GP.

“Os custos do motor a quatro tempos aumentam quatro vezes em comparação com os motores de dois tempos”, observou. “Sabemos disso do Campeonato do Mundo de Motocross.”

Mas mesmo assim, em 2012 a KTM entrou no Campeonato do Mundo de Moto3 e venceu com o alemão Sandro Cortese.

Maverick Viñales venceu o Campeonato do Mundo de Moto3 em 2013 na KTM, Brad Binder em 2016 e depois Albert Arenas em 2020.

Pelo meio, houve uma fase de 27 vitórias consecutivas da KTM entre 2012 e 2014.

O Campeonato do Mundo de Moto2 está nas mãos da KTM há três anos com uma equipa de fábrica de 2017 a 2019.

Em 2017, deu-se a entrada na fábrica do Mundial de MotoGP.

A KTM passou de Motegi 2012 com o vencedor Danny Kent para Mugello em 2014, quando Romano Fenati venceu: 27 corridas de Moto3 GP vencidas em série até à Catalunha em 2014, quando Alex Márquez venceu na Honda.

Na temporada de 2013, a KTM triunfou mesmo em todos os 17 Grandes Prémios de Moto3.

O ano de 2020 marcou mais um marco para a equipa de Mattighofen:

Já na abertura da temporada no Qatar, celebraram a sua 100ª vitória em todas as classes com o eventual campeão mundial Albert Arenas a vencer em Moto3.

Depois, mais história foi feita em Brno quando o estreante de MotoGP Brad Binder deu à marca o primeiro triunfo na classe rainha, a 9 de Agosto de 2020. Apenas três anos e meio depois da entrada em MotoGP, a KTM deixou também todos os concorrentes para trás nesta classe.

Seguiu-se mais duas vitórias no MotoGP pela mão de Miguel Oliveira, piloto da KTM Red Bull Tech3 em Spielberg e Portimão.

O fabricante austríaco registou, assim, 110 vitórias em todas as classes de GP até à data.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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Pedro Matos Gameiro
Pedro Matos Gameiro
3 anos atrás

Que desastre de texto. A informação é inconsequente e desconexa, tornando-se incompreensível. Isto não é jornalismo.

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