MotoGP, 2021: Fabio Quartararo penitencia-se: “Em 2020 queria fazer demais”

Por a 22 Fevereiro 2021 15:00

No final de uma temporada de 2019 espantosa, Fabio Quartararo era esperado em 2020 como um dos favoritos ao título mundial e, na verdade, o primeiro adversário de Marc Márquez, mas depois tudo mudou

Em 2020, não consegui aguentar a pressão, queria fazer muita coisa ao mesmo tempo” Fabio Quartararo

O mundo foi afetado por uma pandemia que mudou não só os calendários mas as próprias regras do jogo em 2020.

Marc Márquez lesionou-se, ficou afastado, e o francês da Yamaha Petronas parecia imbatível no início do ano, antes de se perder enquanto a época de Grande Prémio seguia a um ritmo frenético: Pilotos equipas e marcas que nunca tinham ganho pisaram o degrau mais alto do pódio, e a época produziu um incrível total de 9 vencedores diferentes e acabou com um campeão que até 3 corridas do fim nem uma corrida tinha ganho!

Na Yamaha, as coisas não melhoraram e não foi preciso muito para que tudo se desmoronasse, mas pelo dito desde então, o francês aprendeu com esta experiência…

O triplo vencedor em Grande Prémio Quartararo aproveitou para rever a sua temporada de 2020, onde esteve à beira da desilusão, apesar de três vitórias.

O oitavo lugar no campeonato não era certamente o seu objetivo, mas quando explica como chegou lá enquanto liderava a classificação geral durante muito tempo, Fabio Quartararo tem a delicadeza de criticar apenas a si próprio e nunca fala dos problemas da Yamaha.

Na sua última aparição num programa longe das preocupações da moto, mas onde se soube que a sua futura tatuagem, a juntar-se à da vitória inaugural, iria celebrar o título mundial, Fabio Quartararo disse:

“O meu primeiro ano tinha sido perfeito. Terminei como rookie do ano com seis pódios e sete poles. Em 2020, porém, encontrámos mais problemas, e não consegui aguentar a pressão, queria fazer muita coisa ao mesmo tempo”, disse.

“Infelizmente, as coisas não correram bem: o título escapou-nos. De qualquer forma, não sinto nenhuma frustração. Pelo contrário, ganhei muita experiência!” Também referiu a sua infeção por Covid-19, que claramente o marcou:

“É apenas uma má memória. Passei dez dias de cama. Levei mais de um mês para recuperar 100% da minha capacidade física. Quando voltei ao desporto, senti-me como se estivesse a começar do zero. Estou pronto para esta temporada de 2021”, concluiu.

Dito isto, aguardamos com expectativa os primeiros ensaios a realizar no Qatar no fim de semana de 6 e 7 de março.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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