MotoGP, 2021: Espargaró revela os problemas da Honda

Por a 15 Julho 2021 18:30

Pol Espargaró, da Honda Repsol, tem estado a comentar as suas dificuldades de adaptação à RC213V e a importância do regresso de Márquez

“No meu caso, o estilo que é necessário para pilotar a Honda é ideal para mim, eu gosto de andar no limite, pendurado na roda da frente!”

“Quando cheguei para primeira vez à equipa Honda Repsol e montei a minha moto, pensei: isto é a minha moto… para o meu estilo de condução era perfeita eu gosto mesmo dela!”


“Toda a gente diz que a Honda é uma moto muito difícil de pilotar, mas para mim não se trata da dificuldade da Honda, todas as motos são difíceis, temos que trabalhar muito duro para dominar qualquer uma delas, e dependendo do nosso estilo de pilotagem, podemos ter mais dificuldades com uma moto ou com um fabricante do que na outra.”

“No meu caso, o estilo que é necessário para pilotar a Honda é ideal para mim, eu gosto de andar no limite, pendurado na roda da frente!”
“Dou sempre tudo, a minha equipa sabe que eu estou sempre a dar tudo o que tenho!”

A minha aproximação é dar tudo, andar no limite e isso às vezes coloca-me em situações onde caio três vezes num fim-de-semana e então, tudo se complica, torna tudo mais difícil!”

“Mas é assim que eu me aproximo do fim-de-semana, para mim é a minha maneira de estar em MotoGP, encaro cada fim-de-semana como se fosse o último da minha carreira e tivesse de dar tudo!”

“Ao vir para a Honda eu tinha em mente que era o meu dia, a minha oportunidade!”
“A minha maneira de ver, a única maneira de melhorar, é saber onde está o limite, e a única maneira de saber onde está o limite é cair, tenho que puxar até cair ou ser cuspido da moto, por isso, de momento, estou à espera que isso me coloque num sítio onde eu consiga progredir no futuro!”
“Sou recém-chegado à Honda e por isso não posso falar muito de toda a história da Honda ou de como a Honda era no passado e como é agora…”

“O que posso dizer-lhes, aquilo que eu sei, é que estamos a ter uma data de problemas com a tração na borda do pneu!”

“O piloto de topo, o Marc, não estava aqui para dizer aos japoneses o que era preciso fazer e acho que foi por isso que toda a gente se perdeu um bocadinho…”
“A estrutura dos pneus mudou bastante no último ano e parece que a Honda teve mais dificuldade em acompanhar que os outros fabricantes, ou não trabalharam tanto essa questão, e agora parece que estamos em choque a tentar perceber o que se está a passar!”
“O piloto de topo da equipa de fábrica, o Marc, não estava aqui para dizer aos japoneses o que era preciso fazer e o que é que se estava a passar e acho que foi por isso que toda a gente se perdeu um bocadinho…”

“A Honda tem uma maneira de trabalhar que talvez seja um bocadinho diferente de todos os outros, porque a força da Honda, a sua dimensão, faz com que se possa ter diferentes métodos de trabalho dentro da mesma organização.”

“Tem uma maneira de trabalhar diferente daquela que eu estava habituado e quando vemos tudo em conjunto, é espantoso, mas também é difícil quando aterramos na equipa e temos que nos habituar a essa maneira de trabalhar.”

“Depois de quatro anos na KTM não é fácil!”
Mas eles questionam, perguntam a minha opinião, e acho que isso vai produzir resultados na fábrica.”

“Para mim a relação entre as pessoas, a relação interpessoal, é muito importante é uma parte integrante dos resultados, e essa relação já está muito boa e acho que vai acabar por dar resultados…”
“Estamos a meio da época, mas tenho a sensação que vai dar frutos na segunda metade e vamos acabar por ter os resultados que procuramos!”
“O Alberto Puig ajuda-me muito, é uma grande, grande ajuda!”

“Sinto que ele entende os meus problemas ao mais alto nível e confia em mim e sentir essa compreensão é muito importante para um piloto.”

“Por outro lado, o regresso do Marc, que voltou ao mais alto nível é o que eu estava à espera, ele deu-me coça e agora posso dar a volta à situação, é o que eu espero, é começar na Honda onde deixei na KTM, a andar no Top 5,e vamos lutar por isso!”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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