MotoGP, 2021: Boatos de Rins na Petronas e Viñales na Suzuki

Por a 10 Julho 2021 14:00

As rescisões mútuas de contratos são o tema quente atual do Campeonato Mundial de MotoGP.

Fala-se de um possível regresso de Viñales a Suzuki e de Alex Rins, terceiro no Mundial em 2020, a mudar para uma nova equipa de topo, possivelmente a Petronas, onde é esperado que Morbidelli saia para substituir Viñales na Yamaha Monster.

Na sequência da cisão entre Maverick Viñales e a Yamaha anunciada para o final do ano, o mercado de transferências do MotoGP está ao rubro.

No TT holandês houve uma série de reuniões à porta fechada nos escritórios da Yamaha Motor Racing e da Yamaha Petronas SRT. Está agora praticamente garantido que o segundo classificado do ano passado Franco Morbidelli irá substituir Viñales na equipa Yamaha Monster Energy em 2022.

No entanto, isso deixa o diretor da Yamaha Petronas Razlan Razali, sem nenhum piloto de MotoGP para a próxima época até ao momento, se assumirmos que Valentino Rossi se reforma.

Contudo, está a surgir um boato de que o sexto classificado do Campeonato Mundial de Superbikes Garrett Gerloff, do Texas, será um sério candidato a subir à MotoGP para se juntar à Petronas.

Quanto ao segundo lugar livre, até Andrea Dovizioso entrou agora ao barulho, pois apesar de três testes em Jerez com a Aprilia, em Mugello e Misano, se Maverick Viñales assinar com a equipa de corrida de Noale o Italiano fica apeado de novo.

Alguns sinais apontam para essa mudança, embora Viñales fosse ter dificuldades, na Aprilia Racing, que nunca esteve no top 5 até agora, em finalmente ganhar o título do Campeonato do Mundo de MotoGP que tanto deseja.

“A Yamaha só é competitiva quatro vezes por ano”, Viñales culpou assim todos os seus desempenhos erráticos em Assen (último lugar na qualificação e corrida na Saxónia, depois pole position e segundo lugar na corrida em Assen).

Há outra maneira de ver as coisas.

Fabio Quartararo tem sete GPs ganhos em onze meses na Yamaha YRZ-M1, Viñales apenas oito em quatro anos e meio.

Seria necessário um milagre para Viñales igualar, quanto mais melhorar, esse recorde na Aprilia.

Existe também uma enorme discrepância entre o orçamento da Yamaha e a carteira do Director de Corridas da Aprilia Massimo Rivola.

Viñales, como suposto sucessor de Rossi e Lorenzo e capaz de desafiar Marc-Márquez, ganha um salário anual de 6,5 milhões de euros na Yamaha.

Assim, teria de aceitar uma redução na Aprilia, porque já Dovizioso que ganhava 4 milhões de euros por ano na Ducati e exigiu o mesmo à KTM para 2021 obviamente não se enquadra no esquema salarial da Aprilia Racing.

É por isso que Kevin Schwantz, de 57 anos de idade, campeão mundial de 500 de 1993 na Suzuki, levantou uma nova consideração há dias:

“Talvez Maverick regresse à Suzuki”, sugeriu o Texano, 25 vezes vencedor em GP.

Não se pode descartar completamente essa especulação.

Afinal, Alex Rins, de 25 anos, mas com apenas três vitórias no MotoGP até agora, (as mesmas de Miguel Oliveira, que está na classe há muito menos tempo) pode ter um contrato com a Suzuki Ecstar até ao final de 2022, mas está na sombra do Campeão do Mundo Joan Mir em 2020 e com dificuldade de acompanhar os resultados do Maiorquino em 2021.

Rins entrou nas férias de Verão um miserável décimo quarto no Campeonato do Mundo, com 33 pontos em nove corridas.

O colega de equipa Joan Mir, com apenas uma vitória no MotoGP, por outro lado, limitou os danos com 101 pontos e quarto lugar para já no Mundial.

Se a especulação de Kevin Schwantz se revelar verdadeira, Rins poderia ir para a Yamaha Petronas (possivelmente ao lado de Gerloff) ou até para a Aprilia.

Mais recentemente, tem havido até especulações de que Dani Pedrosa poderia ocupar uma vaga de piloto regular na Yamaha, mas o espanhol já recusou um lugar na Petronas no Verão de 2018.

Agora, aos 35 anos, tem ainda menos vontade de competir em 22 Grandes Prémios por ano. Além disso, é um atleta de Red Bull há quase 20 anos e não está interessado numa mudança para o lado da Monster Energy.

Sim, Alex Rins tem um contrato Suzuki para 2022, mas em 2019 Lorenzo e Zarco optaram por sair dos seus contratos HRC e KTM mais cedo, e agora Viñales emulou com sucesso esse método na Yamaha.

Assim, Alex Rins poderia saltar de navio exactamente da mesma maneira, se isso significar que a Suzuki Ecstar recupera o estimado Viñales que deu a vitória em MotoGP à Suzuki em Silverstone em 2016.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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