MotoGP, 2021: Anthony Gobert anda aos caídos
O Australiano Anthony Gobert já foi um talento deslumbrante no paddock, mas drogas e álcool acabaram com a carreira da antiga estrela das SBK e piloto da fábrica da Suzuki na classe 500cc. Agora em parte incerta, o irmão anda à sua procura e quer ajudá-lo dando-lhe um lugar para dormir
O demolidor Australiano, alcunhado “The Go Show”, teve a sua melhor temporada em 1995, quando terminou em quarto lugar no Campeonato do Mundo com duas vitórias atrás de Carl Fogarty, Troy Corser e Aaron Slight.
No Mundial de motociclismo chegou a fazer 13 corridas na classe de 500, mas o seu melhor resultado foi um 7º lugar no GP da Áustria de 1997.
O álcool e as drogas impediram maiores sucessos mas não lhe faltava talento. Stuart Shenton, um dos mecânicos principais da Suzuki no tempo de Kevin Schwantz, só considera um talento natural ao nível do Texano Campeão Mundial de 1993 e é justamente Gobert.
Porém, fazê-lo levar a sério as corridas sempre foi um problema. Em 1997, Gobert, então parte da equipa de fábrica da Suzuki 500cc, acusou positivo num teste de drogas e foi despedido. Em vez de se limpar, nunca se livrou do vício e voltou a ser banido no Campeonato Americano de 2004.
A última gota veio no mesmo ano quando a sua namorada de longa data, Suni Dixon, foi fatalmente ferida num acidente de viação. Em 2006, o antigo piloto admitiu estar viciado em heroína e já em 2019 foi seguido a casa por um grupo e espancado tão gravemente que ficou irreconhecível.
Para ajudar o irmão, Aaron iniciou agora uma campanha de crowdfunding a favor do ex-piloto.
“Quero encontrar o Anthony. Sei o que fazer, mas preciso de apoio”, acredita Aaron Gobert. “Com apoio, vou arranjar-lhe um telefone e um lugar seguro para dormir. Não sei no que me estou a meter, mas tem de ser feito.”