MotoGP, 2021, Alemanha – Oliveira: “Ficamos aquém do nosso melhor”
Depois de assinar o tempo mais rápido na sexta-feira, Miguel Oliveira esperava um lugar na primeira linha da grelha na qualificação de MotoGP em Sachsenring este sábado. Mas o piloto da KTM teve de abandonar a perseguição do tempo com as bandeiras amarelas.
Miguel Oliveira é o homem do momento na classe de MotoGP. O português da equipa de fábrica da Red Bull KTM venceu pela última vez em Barcelona e terminou em segundo em Mugello. Fez também o tempo mais rápido na sexta-feira e no Q2 esperava um lugar vazio na frente para a qualificação, mas perto do final quando foram erguidas as bandeiras amarelas devido às quedas Johann Zarco (Ducati) e Taka Nakagami (Honda), Oliveira teve que se conformar com a 6ª posição na grelha de partida.
“Estamos um pouco decepcionados porque não foi o máximo que podiamos fazer”, suspirou o sétimo classificado do Mundial de MotoGP na tarde de sábado. “As bandeiras amarelas apareceram muito hoje e foi difícil encontrar uma boa posição na pista. Alcançar um lugar na segunda linha sob estas circunstâncias não é mau.”
“A minha posição não é boa para a partida, mas vou tentar tirar o melhor proveito na primeira curva no domingo. Temos um bom ritmo, trabalhámos muito durante todo o fim-de-semana e esperamos uma corrida fantástica. ”
No Q2 houve cenas como na qualificação de Moto3, com muitos pilotos à espera de outros para aproveitar o cone de ar… “Para mim foi uma qualificação normal. Acontece que é uma pista curta. Claro, que não se precisa de uma aspiração para ir rápido, mas ter uma referência à frente pode fazer com que se aproveite um pouco mais dela. No meu segundo turno estava na frente de alguns pilotos e quando me virei para trás vi-os. Travei e queria deixá-los passar, mas todos travaram e no final alguém tem que parar o jogo e acelerar. Sempre que se passa na frente de alguém tem-se uma desvantagem. “
Em relação às muitas quedas na Curva 1, qual a razão para isso? “Acho que é por causa do pneu dianteiro duro, porque em Sachsenring temos um composto mais duro do lado direito do que do esquerdo. A sensação na transição entre os dois compostos nunca é boa, por isso penso que muitos pilotos têm problemas para travar. Nesta zona, o ponto de travagem é no topo de uma colina e se carregarmos com demasiada força na alavanca do travão, a manobra não terá êxito. É sempre necessário respirar um pouco nesta área e começar a travar um pouco mais cedo”, disse o piloto luso de 26 anos da KTM.