MotoGP, 2020, Valência: Três corridas, seis pilotos, 32 pontos
Rumo a Valência, este é o top 6 mais próximo, a três corridas do final, desde 1993.
Depois de três confrontos em Le Mans, Aragón e Teruel, a corrida ao título mundial de MotoGP de 2020 continua a dar voltas e voltas. Numa temporada louca, à medida que a poeira assenta da recente série de três provas, seis pilotos surgiram como verdadeiros candidatos ao título a três corridas do final.
Joan Mir da Suzuki Ecstar, com dois pódios em MotorLand Aragón, é agora o líder com vantagem.
Os seis pódios nas últimas oito corridas daquele que já chamam “Sr. Consistência”, apesar de ainda não ter vencido, colocam Mir 14 pontos acima de Fabio Quartararo da Yamaha Petronas SRT.
É uma vantagem saudável, mas de forma alguma segura, rumo a mais uma dupla consecutiva no Ricardo Tormo, uma pista em que Quartararo conquistou um pódio na última temporada.
Quartararo da Petronas e Maverick Viñales da Monster Energy só viram o pódio com as suas Yamaha uma vez desde os seus duplos pódios em Jerez. A brilhante vitória de El Diablo em Barcelona e a exibição impecável de Viñales no GP da Emilia Romagna foram os seus únicos resultados fortes desde o primeiro par de rondas.
Pelo contrário,e com Rossi em maré de azar, o homem em forma da Yamaha neste momento é Franco Morbidelli da Yamaha Petronas SRT. Uma vitória na última corrida, 14 segundos à frente tanto de Viñales como de Quartararo, impulsiona o italiano para o quadro dos candidatos ao título, já que apenas 11 pontos cobrem agora os três pilotos das YZR-M1, com Andrea Dovizioso (Ducati Team) a deslizar para o 5º lugar, enquanto os problemas da Ducati continuaram em MotorLand Aragón.
O melhor resultado do italiano desde a sua heróica vitória austríaca é um 4º na corrida de Le Mans encharcada, pois Alex Rins (Suzuki Ecstar) está agora a apenas quatro pontos de distância do 6º.
Os soberbos 45 pontos de Rins em MotorLand Aragón significam agora que há 32 pontos entre ele e seu companheiro de equipa Mir na corrida pelo título, com os outros quatro pilotos a flutuarem no meio.
Este é o mais próximo que um top seis no campeonato da classe rainha tem sido a três corridas do fim desde que o formato de pontos mudou em 1993.
Além disso, 14 pilotos ainda estão matematicamente com a possibilidade de levar a coroa de MotoGP de 2020.
Miguel Oliveira da KTM Tech3 é um, em 10º com 79 pontos, e Johann Zarco (Ducati Esponsorama) é o último, com 64 pontos contra os 137 de Mir.
Até esta campanha estranha e maravilhosa, o maior número de pilotos ainda com uma oportunidade tão tarde no Campeonato foi em 2006, quando o eventual vencedor Nicky Hayden, Valentino Rossi, Marco Melandri, Dani Pedrosa e Loris Capirossi ainda podiam levantar o tão cobiçado troféu no final do ano.
Em resumo, a corrida ao título de 2020 não é como nenhuma outra.
Os seis líderes da classificação geral são os que parecem mais propensos a estar com uma hipótese séria, mas quem sabe o que pode acontecer nas últimas três corridas.
O melhor disto tudo é que ninguém faz ideia do que vai acontecer.
Tudo o que podemos fazer agora é preparar-nos para o primeiro encontro no Circuito Ricardo Tormo, para o GP da Europa, e ver como se desenrola esta magnífica temporada.