MotoGP, 2020, Europa: Yamaha aceita castigo e explica
A Yamaha divulgou um comunicado aceitando a decisão da FIM depois de ter sido penalizada com perda de pontos de Construtores e Equipas
Foi a bomba do dia ontem, quando se soube que a Yamaha fora penalizada por não ter “respeitado o protocolo que os obriga a obter a aprovação unânime da MSMA para alterações técnicas“.
A fábrica confirma que a falha se deveu ao uso de válvulas de dois fabricantes diferentes, mas “fabricadas de acordo com uma especificação comum de design. No entanto, diz respeitar a decisão do FIM e não vai recorrer.
Os motores em questão foram utilizados por todos os pilotos da Yamaha durante a prova de abertura da temporada de Jerez 1, quando tanto Viñales como Rossi perderam um motor por avaria.
Desde então, os motores só foram vistos em pista com Maverick Viñales e Franco Morbidelli durante os treinos na Áustria.
Porém, nenhum ponto do campeonato mundial de pilotos foi retirado pela FIM, o que significa que Fabio Quartararo (a 14 pontos da Suzuki Joan Mir) e o vice-campeão Viñales (-18), mais Morbidelli (-25), todos permanecem firmes na luta pelo título, a três jornadas do fim.
No entanto, a retirada dos motores de Jerez 1 significa que os pilotos das M1 enfrentam altas quilometragens e, portanto, menos voltas de treino para poupar os seus restantes motores.
Comunicado da Yamaha na íntegra:
Na sequência da declaração do FIM sobre uma sanção por não respeitar o protocolo que exige a aprovação unânime prévia da MSMA ao utilizar válvulas de dois fabricantes diferentes nos motores das motos das equipa Yamaha Monster Energy e Yamaha Petronas Sepang Racing Team na temporada de 2020, a Yamaha Motor Co., Ltd. partilha a sua posição.
A Yamaha reconhece, respeita e aceita a decisão do FIM sobre os protocolos incorretos que foram seguidos. Não vai recorrer das sanções da FIM.
Devido a uma supervisão interna e a uma compreensão incorreta do regulamento em vigor, a Yamaha omitiu a notificação prévia e aprovação da MSMA para a utilização de válvulas feitas por dois fabricantes.
A Yamaha gostaria de esclarecer que não houve má intenção na utilização das válvulas de dois fornecedores diferentes, que eram fabricadas de acordo com uma especificação comum de design.
Na sequência da sanção dada pela FIM, a Yamaha continua totalmente empenhada em apoiar os seus pilotos de MotoGP e as duas equipas na sua missão de ataque ao título e fará esforços extraordinários para ainda competir pelos troféus do Campeonato do Mundo de MotoGP de 2020.