MotoGP, 2020, Aragón: “Quase cai umas 10 vezes”, diz Dovizioso da luta com Oliveira em Le Mans

Por a 13 Outubro 2020 17:00

Enquanto o colega de equipa Danilo Petrucci venceu em Le Mans, Andrea Dovizioso teve de se contentar com o quarto lugar. No entanto, na classificação do Mundial, o italiano ganhou terreno a Fabio Quartararo.

Durante algum tempo em Le Mans, Andrea Dovizioso parecia poder conquistar a sua segunda vitória da temporada. Devido à deterioração dos pneus, no entanto, o vice-campeão do mundo teve de se contentar com o quarto lugar no final. “Temos que estar felizes. Marcámos alguns pontos, mas claro que estou um pouco desapontado. Pagámos o preço pela nossa escolha de pneus. Depois do facto, no entanto, é sempre fácil falar.”

Na fase inicial, Dovizioso teve dificuldades em seguir o seu companheiro de equipa Danilo Petrucci. “A sua fraqueza no seco é um dos seus pontos fortes no molhado. Por causa do seu maior peso, tinha melhor aderência. Isso fê-lo andar mais rápido”, explicou Dovizioso, numa comparação com o eventual vencedor da corrida, Petrucci.

A corrida quase terminou para ele quando o piloto da Suzuki, Alex Rins, ultrapassou Jack Miller e Dovizioso de uma só vez. Com o espanhol da Suzuki ao lado, ambos os pilotos da Ducati não conseguiram manter a linha. O italiano baixou de 2º para 4º de uma assentada. “Não estava à espera disso”, admite o piloto de 34 anos, que ainda não conseguiu um lugar na grelha de partida para 2021.

A sua escolha de pneus, de mistura macia tanto à frente como na parte de trás, foi um desastre para ele. Dovizioso descreve a fase final da prova: “No final, não tinha qualquer aderência. Estava no limite com o pneu dianteiro e quase caí dez vezes. Tentei dar tudo e no final, fui passado pelo Márquez mas consegui aguentar-me contra o Miguel Oliveira.”

Dovizioso está apenas 18 pontos atrás na classificação do Campeonato do Mundo.

Tem seis pontos sobre o líder Fabio Quartararo à saída de França. “Todos os fins -de-semana são acerca de quantos pontos estás atrás antes da corrida e quantos pontos há depois da corrida, isso é que conta. Esperava-se que nós, os pilotos da Ducati, fizessemos muito nestas condições e, no final, marcámos pontos sólidos. O Campeonato do Mundo mais louco está de novo em aberto e estou curioso para ver o que acontece a seguir em Aragón”, diz Dovizioso.

“No ano passado correu-nos bem lá, mas agora temos pneus completamente diferentes. Não sei como vai funcionar para nós”, diz o piloto de Forlimpopoli, ansioso por ver como se sairão as vermelhas de Bolonha em Espanha.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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