MotoGP, 2020: Ainda as quedas no Mundial

Por a 2 Dezembro 2020 14:00

Relatório de quedas do MotoGP 2020: quem teve mais? Que circuito provocou mais quedas e como se comparam a anos anteriores?

Johann Zarco caiu 15 vezes em 2020, colocando o francês no topo da tabela na classe rainha.

2020 foi uma temporada completamente sem precedentes. Um calendário mais curto, reajustado, que viu apenas 15 provas realizadas significa que o número total de quedas naturalmente diminuiu, mas não necessariamente o rácio de quedas por número de Grandes Prémios. 

Primeiro, vamos verificar o número total de quedas em toda a campanha. Assistimos a 722 acidentes em MotoGP, Moto2 e Moto3 em 2020, 180 dos quais na classe rainha.

A média de quedas por evento foi de 12,8, acima dos 11,6 de 2019 e superior a todos os anos entre 2010 e 2015, mas inferior ao período de 2016-2018.

O número de 722 é compreensivelmente o mais baixo das 10 temporadas anteriores, mas o MotoGP registou mais 46 quedas do que em 2010,  a temporada que viu apenas 134 quedas na classe rainha e 825 no total em 18 Grandes Prémios.

Em seguida, vamos verificar as quedas por sessão. Nas três classes, as corridas foram onde mais quedas tiveram lugar: 76 em Moto3, 90 em Moto2 e 56 no MotoGP.

Curiosamente, a segunda mais a seguir difere de classe para classe. No MotoGP, o TL2 foi a sessão que mais quedas provocou com 30, mais uma do que o TL3.

Foi a sessão de sábado de manhã que apanhou mais pilotos de Moto2 do que qualquer outra sessão, excluindo a corrida, enquanto os pilotos de Moto3 aparentemente acharam o TL1 o mais complicado- facilmente explicado por, sendo muito estreantes, não conhecerem os circuitos previamente.

No geral, o TL3 teve a segunda maior pontuação de quedas após a corrida com 121, com o TL1 em terceiro com 113 quedas nas classes.

O mínimo, excluindo o TL4 de MotoGP, foi o Q2, sem dúvida quando os pilotos estão a puxar as suas máquinas ao limite absoluto, mas também há mais em jogo e só estão 12 pilotos em pista.

As quedas por Grande Prémio fazem sempre uma leitura interessante. Pelo segundo ano consecutivo, vimos mais quedas no GP de França do que em qualquer fim de semana de Grande Prémio.

100 acidentes ocorreram em Le Mans, mais 10 do que o melhor resultado do ano passado. O GP da Catalunha foi o segundo mais alto, com 64, menos nove do que em 2019, com o estreante Portimão, paradoxalmente, a ver o menor número de quedas de qualquer outro fim de semana em que as três classes estiveram a correr (32).

Quais os pilotos que mais se despistaram em cada classe? Johann Zarco (Esponsorama Racing) caiu 15 vezes em 2020, colocando o francês no topo da tabela na classe rainha. Também deve ter sido o que levou mais colegas consigo, pelo menos Dovizioso, Espargaró e Morbidelli.

O rookie Alex Márquez (Honda Repsol Team) foi segundo, com 14 durante a sua época de estreia a bordo da brutal RC213V da Honda, com Aleix Espargaró (Aprilia Racing Team Gresini) em terceiro com 12 quedas.

Miguel Oliveira é conhecido por fazer muito poucos erros, mas mesmo assim caiu 8 vezes em 2020, embora em corrida apenas 2 e sempre envolvido com colegas de marca, Binder e Espargaró.

Rossi teve um ano pouco típico, mas caiu apenas 6 vezes ao todo.

No outro extremo da tabela, Danilo Petrucci (Ducati Team) bateu no alcatrão apenas duas vezes em 14 fins de semana, com Andrea Dovizioso (Ducati Team) e Maverick Viñales (Monster Energy Yamaha MotoGP) os próximos melhores com quatro cada, descontando Marc Márquez (Honda Repsol Team) que só caiu duas vezes, mas uma delas bastou para o afastar o resto da época!

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