MotoGP, 2020: 10 factos que marcaram a época, 3: O regresso do Grande Prémio de Portugal

Por a 1 Dezembro 2020 17:00

Primeiro parecia um sonho, depois uma possibilidade improvável, e finalmente a prova rainha da velocidade mundial regressou ao nosso pais e a um novo circuito, ao que parece, para ficar

finalmente confirmou-se aquilo que antes tinha sido apenas um sonho

Há muito que Portugal estava indigitado como um Grande Prémio de reserva, sendo o plano estrear Portimão no circuito das pistas do Mundial.

Já em finais de 2018, uma entrevista a Paulo Pinheiro do Autódromo Internacional do Algarve revelara que conversações com a Dorna estavam avançadas, e “havia vontade de trazer um Grande Prémio” a Portugal.

No entanto, com o aparecimento de novas pistas, nomeadamente o Kymiring na Finlândia e outra planeada para Lombok na Indonésia, parecia que a pista portuguesa iria ficar apenas com uma possibilidade em stand-by.

Até a Pandemia do Covid-19 ter paralisado o mundo.

Então a Dorna e a FIM começaram a olhar para soluções e imediatamente se percebeu, também pela insistência de Jorge Viegas na sua posição de Presidente da FIM, que Portugal era um dos países que tinha a pandemia mais controlada e seria um destino ideal para variar as limitadas opções dentro da Europa. Finalmente, como revelámos em primeira mão a 31 de Julho passado, confirmou-se aquilo que antes tinha sido apenas um sonho: após oito anos, o regresso a Portugal da MotoGP, tendo a última prova anterior sido no Estoril em 2012.

A prova estava agendada para 22 de Novembro e seria o fecho da época, fazendo antever também a localização da cerimónia de premiação aos Campeões da FIM  no nosso país, além de que, em princípio, a pista portuguesa poderia receber público, uma raridade no campeonato em 2020.

A organização da prova exigiu um grande esforço da equipa dirigida por Paulo Pinheiro no Autódromo Internacional do Algarve, movendo mundos e fundos para conseguir os protocolos e autorizações necessárias à sua realização, desenvolvendo mesmo um caderno de encargos para permitir submeter ao governo um projeto de aceitação duma quantidade limitada de público, que deveria ser aprovado, mas que infelizmente acabaria por não poder ser implementado.

No evento, o Grande Prémio viria a realizar-se com grande sucesso, sendo a pista unanimemente aclamada por todos os pilotos pela sua beleza, tecnicidade e grau de exigência, mas ao mesmo tempo, entretanto, a Pandemia agravou-se e não foi possível ter público na pista portuguesa.

No entanto vimos a MotoGP de perto de novo em solo luso, e vimos um português subir ao degrau mais alto do pódio pela primeira vez na história!

Um primeiro Grande Prémio que abriu as portas a um novo circuito, que já recebera a Formula 1 umas semanas antes, e ficará na memória de muitos em Portugal e de facto, por todo o mundo um pouco…

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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