MotoE, 2021, San Marino: Torres, duas vezes vencedor da MotoE
O vencedor do Campeonato do Mundo Enel MotoE de 2021 levanta a coroa pela segunda vez… com uma ajudinha da direção de prova!
Não há dúvida que Jordi torres é um multi-facetado. Ganhou na Moto2, ganhou no Mundial de SBK, e na época passada aceitou um novo desafio no Campeonato do Mundo FIM Enel MotoE, que correu bastante bem-
Logo nesse ano, Jordi Torres conquistou a coroa apesar de ser um rookie, tendo feito uma temporada consistente e rápida também.
O espanhol regressou ao campo em 2021, e tornou-se agora o primeiro piloto a ganhar a Taça duas vezes consecutivamente… mas ser Espanhol ajudou.
A subida de Torres ao paddock do Grande Prémio foi precedida por dois títulos na classe de Moto2 no CEV, e tornou-se um rosto popular na classe intermédia do Grande Prémio depois disso.
Ganhou o seu primeiro Grand Prix no Sachsenring em 2013, e nessa época também conquistou mais dois pódios.
De Moto2 passou para o Mundial de SBK em 2015 e acrescentou mais uma folha ao seu palmarés com uma vitória na corrida no final da época no Qatar, impressionando mais uma vez.
2018 viu então o ‘Elvis espanhol’ fazer cinco participações em MotoGP como piloto de substituição, e marcou um ponto na final da época, que não foi um feito insignificante numa das épocas mais renhidas da história dos Grandes Prémios.
Em 2020, Torres ganhou o MotoE pela primeira vez, com mérito, e o espanhol obteve o primeiro pódio em casa na segunda corrida da temporada em Jerez. Tomou mais dois pódios em Misano e depois, em França, provou pela primeira vez o degrau de topo na série eléctrica. No dia seguinte, garantiu a coroa.
Este ano, o estreante tinha-se tornado o vencedor da Taça anterior e Torres era o homem a abater. Mas ele manteve a calma e depressa começou a temporada com um pódio em Jerez. Outro chegou na Catalunha, e em Assen, e o espanhol chegou à final de duas corridas com um remate muito real na coroa.
Na Corrida 1 lutou pela vitória, capaz de se esgueirar na curva final no meio de algum drama, que o viu a dirigir-se para o último confronto da temporada que se avizinhava com uma vantagem de 8 pontos sobre Dominique Aegerter… que deixara as Supersport que lidera sem aparecer em Barcelona para tentar tudo ao título das elétricas em Misano.
Após um incrível duelo ao longo da corrida, Aegerter fez uma derradeira tentativa e ultrapassagem e quando Torres apertou na curva, sofreu contato com o piloto da Dynavolt Intact GP e deslizou para fora de pista, remontando para acabar em 13º. Quantas vezes vimos Marc Márquez fazer isto e tudo ficar por aí? Quem atirou Miguel Oliveira ao chão o ano passado sem qualquer penalização?
Se as coisas ficassem como estavam o Campeão teria sido Dominique Aegerter… mas no final o piloto Suíço recebeu convenientemente o equivalente a uma penalidade de volta longa convertida em segundos, para o baixar para 12º… por coincidência absoluta, e nada que ver com o outro ser Espanhol, exatamente o resultado necessário para dar o título a Torres por 7 pontos!