Moto3, 2021: Olha o que deu Acosta!
Traçamos um breve percurso da sensação deste ano das Moto3, Pedro Acosta, certos de que chegará muito alto
Raramente temos a noção exata de ver nascer um talento que sabemos vai ser grande, muito grande.
Comparado com os desempenhos iniciais de outros pilotos que se viriam a tornar lendários, quer Valentino Rossi, quer Marc Márquez, Acosta é claramente excecional: Já venceu mais corridas de enfiada que os outros dois quando estavam em início de carreira e tem um controlo e frieza excecionais numa classe, e numa idade – mal cumpriu 17 anos há dias! – em que ambas são raras.
No CEV Repsol do ano passado não dominou completamente pois ficou em terceiro a seguir a Guevara e Artigas, que na altura venceram mais corridas, mas nenhum dos dois consegue imitar a sua consistência no mundial desde então.
Na sua estreia no Mundial no Qatar, foi segundo a seguir ao seu colega de equipa na KTM Red Bull Ajo Jaume Masía.
A essa prestação surpreendente, que já o tornou um dos poucos rookies a subir ao pódio na sua estreia no Mundial, seguiu-se a famosa vitória em Doha, começando do Pit Lane para vencer por 39 milésimas sobre Darryn Binder.
Acosta seguiu com outra vitória na prova seguinte em Portugal, mais uma vez batendo o seu oponente por 51 milésimas, desta Dennis Foggia da Honda Leopard.
Jerez trouxe novo triunfo, deste deixando a Husqvarna de Romano Fenati a quase meio segundo!
Na altura, Acosta fez história mais uma vez ao tornar-se o primeiro piloto a fazer 4 pódios nas suas primeiras 4 corridas!
Sem ser excecional nas qualificações, mesmo assim Acosta começou Le Mans em segundo no primeiro treino livre atrás do especialista do molhado McPhee, aparentemente nada preocupado com as condições traiçoeiras da pista, e após ir à Q1, ficaria apenas 17º na grelha, de onde já der aviso de intenção ao ser segundo mais rápido no Warm Up da manhã.
Na corrida, foi uma de muitas quedas que o deixou atrás em 21º, mas pouco depois dá estava nos pontos e chegou a oitavo, o que parece poucos até nos darmos conta que o fez num dia em que os seus adversários principais, Migno, Fenati, Antonelli e Sasaki todos caíram, deixando agora o vencedor Sérgio Garcia em segundo, mas a 54 pontos de distância de Pedro Acosta.
Isso significa que a nova sensação das Moto3 e do mundial podia dar-se ao luxo de nem aparecer nos dois seguintes Grandes Prémios de Itália e da Catalunha e continuar a liderar o Mundial confortavelmente… Nasceu uma estrela!