Moto2, Qatar: Nagashima, um novo vencedor

Por a 10 Março 2020 16:00

Do Campeonato do Japão, ao FIM CEV, à participação em 70 Grand Prix, até à vitória, foi um longo caminho para o único Japonês nas Moto2.

Tetsuta Nagashima, da Red Bull KTM Ajo, teve de esperar setenta Grandes Prémios ao longo de sete anos, antes de finalmente provar a vitória no Grande Prémio do Qatar, no Domingo passado. O piloto japonês teve de lutar até ao topo, recebendo ajuda de algumas figuras cruciais pelo caminho.

O primeiro a ajudar Nagashima a caminho do lugar em Grande Prémio foi o homem a quem dedicou a sua vitória de estreia, o seu falecido amigo Shoya Tomizawa: “Ele é o meu herói porque quando comecei a correr, fi-lo com ele. Sempre o segui desde as minimotos, até ao Campeonato do Japão, onde estávamos na mesma equipa.”

Os conselhos e a ajuda de Tomizawa como colega de equipa desempenharam um papel crucial em Nagashima ter sido coroado Campeão do All Japan Road Race Championship de 2011, vice-campeão no Campeonato do Japão de GP3 de 2012 e depois sexto no Campeonato J-GP2 de 2013 a bordo de uma TSR. Foi com esta moto que se estreou no Grande Prémio do Japão no mesmo ano como parte da Equipa JiR. Acabaria a corrida em 20º lugar.

Esta experiência revelar-se-ia crítica, uma vez que Nagashima foi selecionado para correr pela equipa a tempo inteiro quando a compatriota Kohta Nozane optou por não competir ao longo da temporada de 2014.

As suas prestações ao longo de 2014 não lhe renderam um segundo ano no palco mundial, pelo que Nagashima deu o passo de volta ao Europeu de Moto2 no CEV. Um top-8 em todas menos duas rondas, mais o pódio em duas das três últimas corridas, chamou a atenção de Aki Ajo, que o inscreveu na Academia Ajo Motorsport para o Campeonato de 2016.

2016 revelar-se-ia um ano-chave para Nagashima sob a tutela de Aki Ajo, com oito pódios, incluindo uma vitória de estreia na última ronda do ano em Valencia, ajudando-o a ser segundo no Campeonato e, consequentemente, um lugar no Campeonato do Mundo a tempo inteiro para 2017.

Deixando a equipa de Aki Ajo, Naga assinou pela Equipa SAG Teluru, onde fez progressos graduais ao longo do ano, culminando num primeiro Top 10 na penúltima ronda na Malásia.

Em 2018, mudou-se para a equipa asiática da Idemitsu Honda Team Asia, contratado para substituir Takaaki Nakagami, que subiu à classe rainha.

Na primeira metade da temporada, o piloto de 27 anos conseguiu apenas dois pontos. Terminou nos pontos em cinco das últimas seis corridas da temporada, incluindo um novo melhor da carreira em oitavo lugar no Grande Prémio da Tailândia, mas regressou à SAG Team em 2019.

Na Onexox ao lado de Gardner passou despercebido

2019 seria o seu melhor ano até à data, ao dar mais um passo, competindo regularmente dentro do top 10 e chegando mesmo a conquistar dois top-5 no GP Holandês e no GP da Grã-Bretanha. Uma pole position de estreia no Red Bull Ring e mais duas partidas na primeira fila pelo caminho foram um indicador chave de que Nagashima estava pronto para dar o próximo passo e ser um candidato ao pódio.

Uma série de acontecimentos dominó no final da temporada de 2019 deu com que Nagashima se juntasse a um velho amigo. Brad Binder foi promovido à equipa de fábrica da KTM com Iker Lecuona, anteriormente na equipa de Moto2 da KTM, substituindo-o na Red Bull KTM Tech 3. Aki Ajo pegou então no telefone e trouxe a bordo um velho amigo na forma de Tetsuta Nagashima para o Mundial de Moto2 de 2020… e o resto é história.

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