Moto2: Petronas Sprinta com atraso na entrega das motos a potenciais compradores

Por a 28 Novembro 2021 22:27

A equipa agora dissolvida da Petronas Sprinta, tem clientes para o material da Honda e Kalex, mas até agora não pode realizar o negócio com os compradores interessados nas motos e no material de Moto3 e Moto2.

A anterior equipa Petronas SRT Yamaha já não existe mais. Após a saída da Petronas, foi transformada na equipa WITHU Yamaha RNF de MotoGP. Por razões orçamentais, as equipas de GP para Moto3 e Moto2 vão extinguir-se e já se sabe que Michael Laverty assumirá a maior parte do material e do pessoal da Moto3 para sua nova equipa VisionTrack Honda.

Por seu turno na Moto2, as Kalex de Moto2 da extinta Petronas Sprinta que foram usadas por Xavi Vierge e Jake Dixon em 2021, tem como comprador a holandesa RW Racing Team, que competiu com motos NTS japonesas nos últimos quatro anos. A equipa terá como pilotos em 2022 Barry Baltus (17 anos) e Zonta van den Goorbergh (que fará 16 anos em dezembro).

Jarno Janssen e o jovem Zonta van den Goorbergh que se estreia na Moto2 em 2022

Mas na semana passada, a equipa RW teve que treinar em Jerez com o jovem van den Goorbergh com motos NTS. “Estivemos apenas em Jerez com o Zonta. Para sentir a Moto2, não importa por enquanto se ele está sentado numa NTS ou Kalex. As novas motos devem chegar em breve”, informou o chefe de equipa Jarno Janssen.

O atraso na entrega das máquinas Kalex do fundo SRT da Petronas tem a ver com a mudança de titularidade. Porque as motos pertenciam ao Circuito Internacional de Sepang, antigo dono da equipa do GP. Após a final do Campeonato do Mundo em Valência, auditores independentes estiveram nas anteriores instalações  da Petronas em Mols, na Bélgica, fizeram um inventário e determinaram o valor das mercadorias. Então, o novo dono da equipa, Razlan Razali, quis cuidar da venda do material da Kalex para a NTS, e da Honda para Laverty.

Barry Baltus

“A transferência é um pouco complicada porque o Circuito de Sepang é uma empresa estatal”, explicou Razali numa entrevista ao Speedweek.com . No passado, todo o equipamento e motos da Sepang Racing Team (SRT) foram definidas como bens de consumo pelo departamento de contabilidade. E esse é o problema, uma vez que o operador de pista do Circuito de Sepang (SIC) está a retirar-se das corridas dos Grandes Prémios, e teve que ser determinado quais “bens de consumo” e qual o valor dos mesmos armazenados na Europa.

“É por isso que disse a Michael Laverty e a Jarno Janssen que tínhamos de ser pacientes”, disse o novo chefe de equipa Razali. “Assim que o valor das mercadorias for determinado, gostaria de fazer um acordo com a SIC e vender o material de ambas as classes para Laverty e Janssen. Neste momento ainda estou à espera da decisão da SIC. Quando eu souber o que eles estão a fazer, podemos então poderemos fechar o negócio. Mas o tempo é essencial. A janela de tempo em que as equipas compram material novo é muito apertada ”, diz Razali.

Apesar dos atrasos, Jarno Janssen ainda não perdeu a paciência. Porque os próximos testes só acontecerão em meados de fevereiro. “As motos e o resto do equipamento da SIC ainda estão na sua oficina na Bélgica. Mas estou a apenas 30 minutos de distância … Nesse interregno estamos a esvaziar as nossa oficina de corridas em Barcelona e a preparar tudo para enviar o material da NTS de volta para o Japão. “

E se o negócio com Razali não se concretizar… o que fará Michael Laverty com a sua equipa de Moto3 e a RW de Moto2?

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Ricardo Ferreira
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