Moto2: O que sucedeu a Vietti na segunda metade da época?

Por a 11 Dezembro 2022 19:41

O protegido da VR46, Celestino Vietti, depois de liderar tranquilamente o campeonato veio a perder lugar sucessivos, concluíndo a temporada de Moto2 num modesto sétimo lugar.

Celestino Vietti começou a temporada de 2022 furiosamente. Venceu a prova de abertura no Catar e a terceira corrida na Argentina. Nos primeiros cinco Grandes Prémios, o italiano subiu ao pódio quatro vezes e depois de Portimão, Vietti estava 34 pontos à frente do perseguidor mais próximo Ai Ogura. O agora campeão do mundo Augusto Fernández, estava então 59 pontos atrás.

Nesta fase, Celestino Vietti tornou-se o grande favorito ao título, até uma promoção ao MotoGP chegou a ser pensada. Comemorou a terceira vitória da temporada no GP da Catalunha em junh,o e partiu para as férias de verão como líder do campeonato, embora empatado com Fernández e apenas um ponto à frente de Ogura.

Veio depois o descalabro na segunda metade da temporada, com o italiano a não conseguir um único resultado entre os 5 primeiros. Em vez disso, acumulou seis zeros nas últimas oito corridas. No final, caiu para a sétima colocação no campeonato. Para piorar a situação, o protegido da VR46 também terá de cumprir uma dupla penalidade de volta longa na temporada de 2023 por desconsiderar as instruções dos comissários e o controle da corrida após a sua queda na final em Valência .

O que se passou então de errado com Celestino Vietti?

Alessio Salucci, o diretor da equipa Mooney VR46 e VR46 Riders Academy não tem uma resposta clara para o que aconteceu: “Para ser sincero, não tenho. Infelizmente, este desporto é muito difícil. Há uma linha muito ténue entre ser rápido e ser lento – onde lento significa perder dois décimos por volta, o que é praticamente nada”.

“Infelizmente, algo aconteceu, depois das quedas em Misano e na Áustria, o Celestino perdeu a confiança. Algo na sua relação com a moto mudou”.

“Na minha opinião, nós, como equipa não fomos bons o suficiente para apoiá-lo com essa falta de confiança. Mas nunca é uma coisa só, é sempre uma interação”, resumiu o companheiro de longa data de Valentino Rossi.

“Mas vou ser sincero, foi a primeira vez que estive numa situação em que pensei: ‘O que diabos está a acontecer agora? E porquê?’ Fizemos muitas reuniões, conversamos, experimentamos outras opções de treino em casa, mas infelizmente nada resultou.”

Em 2023, Vietti fará uma nova tentativa e com novas cores. O jovem de 21 anos continua na mesma equipa e, ao contrário do companheiro de equipa deste ano, Niccolò Antonelli, ainda é membro titular da VR46 Riders Academy . Mas sabe-se que a Fantic Motor se juntou à equipa VR46 Moto2 e cuidará de toda a aparência no futuro.

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Ricardo Ferreira
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