Moto2, Indonésia, Corrida: Acosta soma a sétima vitória do ano e fica mais líder
Pedro Acosta (Red Bull KTM Ajo) foi o vencedor da corrida de Moto2 do Grande Prémio da Indonésia que se disputou este domingo no Circuito Internacional de Mandalika, na paradisíaca ilha de Lombok. O espanhol cumpriu as 22 voltas em 34:51.641 minutos, batendo Aron Canet por 2.044 segundos, com Fermin Aldeguer na terceira posição a 4.716 segundos.
As corridas de Moto2 têm sido animadas nas últimas temporadas pelos tricilíndricos Triumph de 765cc produzidos em Hinkley, Inglaterra, e tudo indica que assim continuará em anos vindouros. Antes, era a Honda que fornecia os motores às equipas que nesse caso eram os quatro cilindros da CBR 600. Para o fabrico dos quadros, a sua maioria são fabricados pela Kalex, mas também pela Boscoscuro; tal como no MotoGP, também neste caso as motos são verdadeiros protótipos. Mas, vamos ao que interessa, a corrida no Circuito Internacional de Mandalika com 33 graus de temperatura ambiente e 59 no asfalto. Da posição de pole largava o espanhol Aron Canet (1:34.151), acompanhado na primeira linha por Manu Gonzalez e Filip Salac. Pedro Acosta, Fermin Aldeguer e Somkiat Chantra ocuparam a segunda linha da grelha de partida. Lorenzo Baldasarri substituiu Celestino Vietti na Fantic, Escrig voltou às pistas após lesão.
Filme da corrida
Foi Pedro Acosta que subiu ao degrau mais alto do pódio na Indonésia. O piloto de Murcia ficou ainda mas mais líder após a corrida, passando a contar com 65 pontos de vantagem, estando agora 125 em jogo. Na partida Acosta fez o holeshot, passando de quarto para primeiro em ângulo. Canet respondeu rapidamente e passou a líder mas o ‘Tubatão de Mazarron’ repidamente recuperou o primeiro posto ao final da 1ª volta. Manu González vinha em terceiro, à frente de Arbolino que fez uma excelente largada. A ação repetia-se ao voltar a vê-los na primeira curva. Salac caiu após um toque com Ogura, que foi posteriormente penalizado para cumprir uma ‘Volta Longa’. Aldeguer e Dixon aproveitaram um erro de Chantra para ultrapassá-lo e colocar-se atrás de Arbolino, que se aproximava de González. Jeremy Alcoba foi então penalizado com duas ‘Long Laps’ por “condução irresponsável”. Os juízes informaram que era a sua terceira infração no Grande Prémio indonésio para justificar a penalização. Estava fora dos pontos. Foi considerado responsável pelo incidente na partida.
Tony Arbolino estava imparável. Ultrapassou ‘Manugas’ e lançou-se para cima de Canet, mas Arón apertou o acelerador quando viu o avanço de Acosta e deixou o italiano para trás. Manu hesitou em ultrapassar Arbolino e acabou superado por Fermin Aldeguer. Kot Nozane sofreu então uma queda. Aldeguer com determinação ultrapassou Arbolino, que se assustou, o que permitiu a González ultrapassá-lo. Ambos lutaram de forma espetacular com uma série de ultrapassagens. Entretanto o neerlandês Zonta van den Goorbergh sofreu um high-side e caiu forte (de cabeça para baixo) e ficou fora da zona de pontos. Pedro Acosta chegou a ter 1,1 segundos de vantagem sobre Canet a 14 voltas do final, mas o pupilo de Pons estava a diminuir gradualmente essa vantagem. O tatuado Arón estava mais de dois segundos à frente de Aldeguer. Face à sua aproximação Acosta respondeu com um ritmo avassalador e manteve a vantagem. Dixon já estava perto de Arbolino e não demorou muito para lutar com o italiano. O espanhol da KTM Ajo quebrou definitivamente a corrida mantendo um ritmo espetacular volta após volta e Canet desacelerou um pouco. Dixon afastou-se da luta com Arbolino ao ter um deslize, o que foi alívio para Tony Arbolino que terminaria a corrida em sexto com o seu pneu traseiro completamente nas lonas.
Aldeguer não desistiu. Percebeu que estava mais forte do que Canet e estava a reduzir a diferença gradualmente. No entanto, Arón recuperou-se para consolidar o segundo lugar. Arbolino teve um susto com o pneu traseiro já sem qualquer grip e saiu largo mas reentrou em pista, perdendo com isso o quinto lugar para o britânico Jake Dixon. Acosta vencia a corrida folgado confortavelmente. O espanhol mostrou uma vez mais que é um piloto ‘first class’ e por isso já tem garantida a subida ao MotoGP em 2024. Sétima vitória do ano e 16ª em toda a sua carreira mundialista. Fenomenal.