MotoGP, 2021: Dovizioso vai tirar um ano sabático em 2021

Por a 11 Novembro 2020 14:00

O italiano publicou um comunicado nas redes sociais a dizer que não estará na grelha de MotoGP no próximo ano, mas prometendo regressar em 2022

Andrea Dovizioso, da Ducati Team, anunciou que não estará na grelha do Campeonato do Mundo de MotoGP em 2021, pondo fim a uma sequência de 13 anos na classe rainha. O italiano já estava fortemente ligado a um papel de piloto de testes na próxima temporada, fosse com a Yamaha ou com a Honda, mas anunciou que vai tirar um ano sabático com a intenção de regressar em 2022.

“Isto é o que vou fazer em 2021”, começou por dizer o tricampeão de MotoGP. “Nos últimos meses, recebi várias ofertas para trabalhar como piloto de testes no desenvolvimento de projetos de MotoGP e estou grato pela consideração recebida pelos fabricantes. No entanto, decidi não assumir quaisquer compromissos e ficar livre de acordos formais por enquanto.”

“Tenho uma paixão imensa por corridas. Ainda tenho a ambição de competir e lutar para ganhar. Regressarei ao MotoGP assim que encontrar um projeto impulsionado pela mesma paixão e ambição que tenho e dentro de uma organização que partilhe os meus mesmos objetivos, valores e métodos de trabalho.

Lembrar que Dovi foi Campeão Mundial de 125 em 2004 na Honda da Scot, exibindo já na altura as capacidades que o serviriam tão bem na MotoGP, de grande suavidade em pista, travagem espantosa no limite, capacidade de ler os limites de uma moto à medida que eles se alteram ao longo da corrida com coisas como a distribuição de peso causada pelo consumo de combustível ou a degradação dos pneus, e ausência de erros em prova causados pelo próprio, embora se viu desde aí que tem uma tendência azarada para ser vitimado pelos erros de outros…

Após as 125, o piloto correu em 250, chegando a vice-campeão após 4 vitórias, quem sabe um gostinho de coisas a vir, em 2007, igualmente com uma Honda.

Em 2008, mudou para a MotoGP, tendo pilotado pela Honda, Yamaha Tech 3 e, finalmente, a Ducati.

Ao mesmo tempo, manteve a sua paixão pelo motocross, um pau de dois bicos, pois sendo um excelente e duro treino físico, acarreta o risco de lesões mesmo numa queda a baixa velocidade. Participantes do Campeonato italiano ficavam por vezes boquiabertos perante a presença do milionário da MotoGP nas suas fileiras, lutando de igual para igual pelas posições cimeiras – facto pouco divulgado, até para não ofender a Ducati, que até à data, não faz motos de MX…

Agora, Dovi vai poder prosseguir essa veia, e quem sabe, regressar refrescado aos 35 anos…

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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