SBK 2020: Um novo ano de recordes avizinha-se…
Em 2019, a fasquia foi colocada cada vez mais alta do início ao fim, das 11 vitórias seguidas de Álvaro Bautista ao quinto título de Jonathan Rea. Mas com a Ronda 1 do Campeonato de Superbike de 2020 a aproximar-se rapidamente, é hora de deixar para trás os recordes do ano passado e olhar além, para o que poderá acontecer este ano.
Já sabemos alguns números do Calendário: 13 rondas em 10 países, Portimão mais uma vez no mapa, com três corridas SBK em cada uma, e duas a quatro categorias competindo em cada pista (incluindo a nova Copa da Europa Yamaha R3 bLU cRU). Haverá mais de 20 pilotos na classe rainha, potencialmente mais de 30 nas SSP e o dobro nas SSP300 que estão ao rubro.
Com as certezas, é hora de olhar para os marcos alcançados- começando pelos que estão quase confirmados: Excetuando uma catástrofe. Tom Sykes (BMW Motorrad) quase certamente se irá tornar no segundo piloto com mais partidas na história das SBK, passando por Noriyuki Haga, que agora ocupa a 2ª posição a 17 pontos do Inglês com 313.
Jonathan Rea (Kawasaki SBK) também deve passar– está 32 pontos atrás de Haga – com Leon Haslam precisando de mais 22 para chegar aos cinco primeiros de todos os tempos à frente de Frankie Chili.
Também é bastante provável que o Norte-Irlandês rompa a barreira das 100 vitórias no próximo ano, depois de acumular vitórias no final de 2019. Rea precisa de 12 para fazer o século – não é façanha fácil, por qualquer prisma, considerando a competição, mas é uma que ele já conseguiu em quatro de suas cinco temporadas na Kawasaki.
A Kawasaki também está de olho numa certa marca de 100; eles estão a 12 de alcançar esse número nas poles em SBK. Muito improvável, considerando que há apenas 13 distribuídas ao longo do ano, mas não impossível. O seu cinco-vezes campeão mundial tem um objetivo mais fácil no ranking da pole, com Troy Bayliss, terceiro na geral com 26, apenas três à frente do Irlandês do Norte.
Entretanto, Tom Sykes está de olho noutro recorde de Haga em 2020: pontos máximos. A lenda japonesa é terceiro na classificação histórica, com 3691; o piloto de Yorkshire é o quarto, com 3428,5. 263 pontos – 40 mais do que Sykes conseguiu na sua temporada de estréia na BMW – fariam o truque.
Para os fabricantes, a Yamaha está a apenas sete pódios de se tornar o quarto fabricante a atingir 300 – juntando-se à Ducati, Kawasaki e Honda – algo que, com uma equipa de fábrica com dois dos cinco vencedores de 2019, não deve ser muito complicado de alcançar.
Da mesma forma, a Honda permanece a oito de distância da marca dos 400, embora o fabricante japonês não pise o pódio desde 2016. O mais preocupante é que eles se encontram ameaçadoramente perto da Kawasaki no total de corridas com pelo menos um piloto no pódio (pódios não totais): com a Honda em 336 e os seus rivais em 325, não é inconcebível que eles mudem de lugar em 2020. Os 613 da Ducati permanecem um calendário à frente.
Voltando aos pilotos e para homenagear Manuel González se tornar o mais jovem campeão mundial de corridas de velocidade da FIM em 2019, veremos as opções do espanhol na sua nova aventura nas SSP. ‘Manugas’ terá 17 anos, 6 meses e 26 dias quando a temporada começar, o que lhe oferece várias outras oportunidades de figurar nos livros de recordes em 2020 (e até além): vitória mais jovem (19anos, 5meses e 21 dias), pole mais jovem (19 anos, 10 meses e 23 dias), pódio mais jovem (17 anos 1 10 meses e 2 dias) e, é claro, o campeão de novo (21anos e 4 meses). O mesmo se aplica a Can Öncü, quase um ano inteiro mais novo que González.
Os jovens do paddock estão prontos para assumir o cargo em 2020 em todas as categorias, o que nos leva ao mais jovem campeão do mundo na classe superior: James Toseland, em 2004, três dias antes do seu aniversário de 24 anos. Todos os participantes no campeonato já terão mais idade do que isso na última ronda do ano, com exceção do turco Toprak Razgatlioglu. Não é um mau desafio para o novo piloto da Yamaha Pata.