Moto2 e MotoE: 2019 marca o começo de uma nova era
Em Valencia há dias, as Moto2 equipadas com motor Honda proveniente da CBR600RR fizeram a sua última corrida. Isto porque a partir de 2019, os vários chassis presentes na classe vão receber um motor Triumph, o novo fornecedor de motores para a categoria intermédia do Mundial. Com mais cilindrada, mais potência e, decerto, características bem diversas do anterior. Para já, o Honda era um clássico tetra cilíndrico em linha, enquanto o Triumph, proveniente das bem-sucedidas Speed Triple da marca, é um 3 cilindros como o nome imediatamente sugere.
O pacote completo será visto em primeira mão em conjunto (já tinha havido uma desmonstração de uma Kalex pilotada pelo ex-campeão Mundial de Superbike James Toseland em Silverstone em Agosto deste ano) no dia 23 de Novembro, enquanto as MotoE elétricas vão estar em pista em sessões alternadas nos mesmos dias. Para a Moto2, o que isto pressupõe é um começo do zero, com uma folha em branco, já que a distribuição de peso, centro de gravidade, pontos de agarre do motor ao quadro, entrega de potência, curva de binário, e demais parâmetros que afetam a reação de uma ciclística ao motor, foram todos pela janela fora. Chegou assim a hora dos pilotos da categoria, alguns deles recém-chegados à classe eles próprios, se começarem a familiarizar com o novo motor.
Não esperem ver lá o Campeão do Mundo de 2018 Francesco Bagnaia, nem o vice-campeão Miguel Oliveira, um dos vencedores de corridas Fabio Quartararo nem o Estreante do Ano Joan Mir, pois todos ascenderam à classe rainha. Mas nem por isso a competição pelo título de 2019 deixará de ser feroz. Caras conhecidas como Alex Marquez (Kalex EG 0,0 Marc VDS), o seu novo companheiro de equipa Xavi Vierge, três vezes vencedor, o também vencedor Brad Binder (KTM Red Bull Ajo), Luca Marini (Kalex SKY VR46), o compatriota Lorenzo Baldassarri (Kalex Pons HP40) e Marcel Schrotter (Dynavolt Intact GP) podem ser todos candidatos ao título.
A eles junta-se o Campeão do Mundo Moto3, Jorge Martin, que faz a sua estreia no Moto2 com a equipa KTM Red Bull Ajo, alinhando ao lado de Binder. Outro estreante é o vice-Campeão do Mundo de Moto3 de 2018, Fabio Di Giannantonio (Speed Up Racing) assim como os companheiros de equipa da KTM Red Bull Tech 3, Marco Bezzecchi e Philipp Oettl. Os italianos Enea Bastianini (Italtrans Racing Team) e Nicolo Bulega (Kalex SKY VR46) completam o alinhamento de novatos que progridem no ranking da categoria média.
O astro britânico Jake Dixon (Angel Nieto Team), vice-campeão britânico de SBK, foi outro a começar a sua adaptação a uma moto de Moto2, juntando-se ao compatriota Sam Lowes na grelha da classe intermédia em 2019 – este último regressando à equipa da Federal Oil Gresini nesta temporada. Outros a observar? Depois de um ano na classe rainha, o piloto 11-vezes vencedor em Moto2 Tom Luthi regressa à classe com a Dynavolt Intact GP, com pilotos como Augusto Fernandez (Kalex Pons HP40) e Remy Gardner (Tech 3 SAG Team) de olho no pódio, julgando pelo desempenho em 2018. Além disso, a MV Agusta regressa aos Grande Prémios com os pilotos da Forward Racing Team, Stefano Manzi e Dominique Aegerter.
Então, e a cada vez mais popular Copa do Mundo FIM Enel MotoE ? Todos os 18 pilotos do Campeonato inaugural serão testados em Jerez nas suas máquinas Energica Ego Corsa. Entre eles, nomes como Alex De Angelis (Alma Pramac Racing), Maria Herrera (Equipe Angel Nieto), Randy de Puniet, da LCR E-Team, o retornado e ansiosamente aguardado Sete Gibernau (Pons Racing), Xavier Simeon (Avintia Esponsorama Racing), Trentino Lorenzo Savadori, da Gresini MotoE, os britânicos Bradley Smith (One Energy Racing) e Mike Di Meglio (EG 0,0 Marc VDS) – uma formação muito forte, mas quem vai começar mais forte? A seguir atentamente!