Estoril Classics: A Suzuki RG500

Por a 16 Outubro 2019 15:30
  • O Estoril Classics contou com a presença dos colecionadores do Spirit of Speed, uma organização que se dedica a restaurar, preservar e exibir motos de competição de outrora, permitindo ao grande público contactar estas preciosidades e vê-las evoluir em pista. Vamos trazer-lhes a história de algumas das motos presentes no evento, começando pela mítica Suzuki RG500.

A RG 500, uma moto de Grande Prémio da Suzuki, veio substituir a TR500 baseada no modelo de estrada que competira no Mundial com o Australiano Jack Findlay.

A Suzuki RG500 de 1974, a XR14, com o seu motor quadrado de 497.7cc e refrigeração líquida, tinha válvulas rotativas e injeção de óleo no seu primeiro modelo.

Alimentada por 4 carburadores Mikuni de 34 mm, o formato de 56 x 50.5mm diâmetro e curso era bastante quadrado, e tornou-se ainda mais quadrado na moto de fábrica de 1976, a XR22, que tinha dimensões de 54 x 54mm e 106 cv.

Barry Sheene estreou-a com um 2º atrás da MV Agusta de Phil Read e continuou com a primeira vitória do modelo no GP da Holanda de 1975, antes de ganhar títulos mundiais com ela em 1976 e 1977.

Baseada numa 250 dos anos 60, a RZ63, o modelo revolucionou a classe de 500 dos Grande Prémios, especialmente em relação a dar aos privados acesso a uma moto verdadeiramente  competitiva quando a versão cliente saiu em 1976. Por essa altura, já a marca tinha desistido da injeção de óleo e a mistura era direta, e os 90 cavalos do modelo original tinham crescido para 106. A XR14 pesava cerca de 137 Kg e atingia mais de 280 Km/h. A versão Mk II de 1976, além de dispensar com a injeção autolube, apresentava silenciadores integrais com os escapes.

Tal foi o sucesso do modelo que no Campeonato Mundial de 1976, ficou em 11 dos primeiros 12 lugares.

Em 1977, surge a versão RGA, que tinha sido toda revista em detalhe sem modificações de maior, mas a versão do ano seguinte tinha o banco de cilindros traseiros elevado, tonando-a ainda mais compacta.

Em 1979, a XR34 RGB já debita 124 hp às 11.000 rpm e no ano seguinte apresenta garfo com anti-dive hidráulico.

Grande modificação chegaria no ano seguinte, quanto a RG50 XR35, a primeira a ser designada por Gamma, vem com roda dianteira de 16” e suspensão Full-floater que esconde o único amortecedor sob o banco.

Embraiagem seca e um dos 4 Mikunis alimentados por válvula rotativa

1982 trouxe maior evolução ainda com a passagem para um quadro de alumínio em tubo quadrado, mas há muito que pilotos como Barry Sheene usavam quadros Spondon ou Nico Bakker em substituição do medíocre chassis de aço tubular.

1983 viu a introdução da XR45 com 132 cavalos, e seguiram-se a XR70 e XR70/50 Gamma, cuja versão seguinte, a XR72 de 1987, já com 140 cv às 11.5000 rpm, introduz ao mundo Kevin Schwantz.

A RG500 ganhou Mundiais com Barry Sheene (1976 e 1977), Marco Lucchinelli (1981)  e Franco Uncini (1982).

Como moto privada, subsiste até 1988, e como versão de fábrica, viria a adotar o formato de cambota única, tornando-se na RGV, que deu a Kevin Schwantz o seu único título em 1993.

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