Dakar, Etapa 10: Toby Price vence e prolonga legado vitorioso da KTM
E chegou ao fim a 41ª edição do Dakar, disputado este ano integralmente no Peru. Depois de 10 intensos dias de competição e bastante incerteza quanto ao vencedor final está encontrado o piloto que hoje cantará vitória no pódio de Lima.
Falamos de Toby Price, que pela segunda vez na sua carreira venceu a corrida, depois da estreia em 2016. O australiano realizou uma corrida muito regular e sem erros de relevo para levar de vencida a muita areia que marcou o percurso do exercício organizado pela Amaury Sport Organisation. Uma vitória muito saborosa, pois Price realizou toda a corrida magoado do pulso direito, numa lesão que contraiu um mês antes do arranque do evento. E para fechar com chave de ouro, o ‘aussie’ venceu a tirada de hoje, tendo imprimido um ritmo diabólico mesmo sabendo que só tinha de cumprir calendário, após o sucedido com Pabo Quintanilla.
Um resultado que permitiu igualmente à KTM aumentar a sua lenda no Dakar, pois obteve a sua 18º vitória consecutiva no evento, naquela que já é uma das mais brilhantes sequências vitoriosas da história do desporto. E por acréscimo ainda amealhou uma dobradinha, que certamente não estaria nos principais planos dos responsáveis de Mattighofen para o dia de hoje.
Numa jornada que se esperava muito apertada, os dois primeiros da geral estavam separados por 1m02s, tudo ficou decidido ao quilómetro 10 dos 112 cronometrados do dia de hoje. Aí Pablo Quintanilla, segundo da geral, não evitou uma queda e entregou o ‘ouro’ não ao bandido, mas sim a Toby Price. Ao ar foi igualmente o segundo posto por troca com Matthias Walkner, o vencedor da prova em 2018. Um castigo demasiado pesado para o chileno, mas o Dakar é mesmo assim.
Outras notas de destaque são o quarto e quinto lugares de Andrew Short e Xavier de Soultrait, pilotos que alcançaram os seus melhores desempenhos no Dakar. Soultrait acabou mesmo por ser o melhor piloto da Yamaha em competição, depois de ontem Adrien Van Beveren ter abandonado com um motor partido na sua Yamaha.
Quanto à Honda, depois da razia que teve com os abandonos de Joan Barreda Bort, Paulo Gonçalves, Ricky Brabec e ao qual se juntou a penalização de Kevin Benavides teve em José Ignacio Cornejo o sobrevivente. O piloto chileno, que ainda sonhou com a vitória na etapa de hoje, foi sétimo numa prova que certamente dará muito que pensar aos responsáveis nipónicos.
Seguiram-se Luciano Benavides e Sam Sunderland, o que permitiu à KTM colocar quatro dos seus seis pilotos oficiais no top 10. Oriol Mena, o melhor Hero, e o boliviano Daniel Nosiglia completaram o lote dos 10 melhores.