MotoGP: Dovizioso recusa convite para wildcard em Motegi
A Yamaha testou em Misano esta semana e recrutou Andrea Dovizioso, três vezes vice-campeão de MotoGP, como piloto de testes devido à lesão do piloto de testes Cal Crutchlow.
O italiano que já esteve em ação nesta função noutro teste da Yamaha em Mugello, recebeu também um convite da Yamaha para competir como piloto wildcard no Grande Prémio do Japão em Motegi, em Outubro. No entanto, Dovizioso rejeitou esta oferta. “Estou feliz por ajudar a Yamaha a voltar a ser competitiva, mas não por voltar a participar num fim de semana de GP”, esclareceu.
Dovizioso, que sempre foi conhecido pela sua natureza sensata, está ciente de que não consegue competir ao mais alto nível no MotoGP quase dois anos após a sua retirada dos GP’s.
Basta lembrarmo-nos de como Dovizioso jogou a toalha ao chão no meio da temporada de 2022 e deixou a equipa RNF, não só porque as motos não eram competitivas como não estava a sentir o justo feedback da Yamaha, para perceber a recusa de Dovi para piloto wildcard.
Porém, a situação mudou com a chegada de Max Bartolini à Yamaha – o italiano foi um técnico importante na Ducati Corse até ao ano passado. Bartolini, que conhece as qualidades de Dovizioso como piloto de desenvolvimento, espera que o desenvolvimento da M1 seja acelerado com ele. Bartolini não exige de Dovizioso velocidade máxima, que ele não pode ter depois de dois anos parado, mas sim precisão na avaliação de uma moto. Porque o que os engenheiros da Yamaha mais precisam neste momento são dados, dados e mais dados.
Por outro lado, está em linha com a intenção da Yamaha de regressar à competitividade o mais rapidamente possível poder contar com um piloto que foi piloto de fábrica da Ducati durante oito anos. “O que a Yamaha pretende neste momento é chegar o mais próximo possível do sistema de trabalho da Ducati, eles são a referência no momento”, disse Gino Borsoi há poucos dias em entrevista.