Três perguntas a Vito Ippolito
Depois de um ano marcado por algumas polémicas, em especial no Moto GP, o presidente da FIM, Vito Ippolito respondeu a algumas questões sobre o ano findo e aquele que agora se iniciou. Antes do arranque dos principais campeonatos do mundo confiança é palavra de ordem para o homem forte da Federação Internacional de Motociclismo.
Pode nos dar uma breve visão do que foi a temporada de 2015?
‘É inquestionável que o número de espectadores e parceiros de televisão continua a crescer e isso é um reflexo das constantes melhorias feitas ao redor da qualidade dos campeonatos. Trabalhámos ao redor dessa questão ao longo do ano e os resultados são encorajadores. Temos igualmente que realçar que vários novos países começaram a receber os nossos campeonatos, o que é igualmente um dos nossos objectivos e para o qual continuaremos a trabalhar.’
Durante o ano os media dedicaram muita atenção ao redor de alguns momentos complicados. Que nos pode dizer sobre isso?
‘Verdade, houve momentos mais complicados, mas isso faz parte do desporto. O mais importante é conseguir gerir a situação para encontrar a melhor resposta para estes momentos ou pelo menos para limitar os danos, como foi o caso nos Seis Dias da Eslováquia. Posso dizer o mesmo sobre o final da época de Moto GP, que foi uma saga fantástica e ao mesmo tempo dramática.’
Nesses dois casos, o assunto está definitivamente encerrado?
‘Sim. No caso dos ISDE o painel da FIM restaurou a classificação das nações como deveria ser, com os australianos a serem declarados vencedores. Este caso também nos alertou para rever alguns aspectos importantes dos regulamentos e procedimentos.
Em Moto GP o caso foi exposto aos TAS e o caso está agora encerrado. É verdade que no final da temporada as polémicas ao redor do caso Rossi-Marquez atingiram proporções nunca antes vistas. Por esse motivo falámos com todos os envolvidos, incluindo as equipas, para conterem os ânimos e as declarações sobre o que se passou em Sepang. Durante o derradeiro evento em Valência a equipa da Honda informou-nos que tinham toda a telemetria relativa ao incidente. Agora esses dados estão nas nossas mãos, e a Honda e a FIM decidiram em conjunto não tornar pública essa informação para não alimentar mais polémicas.
Para 2016 os planos da FIM são claros e vamos continuar a perseguir os mesmos. Vamos continuar a avançar e estou certo que as alterações que vamos fazer vão permitir resultados positivos. O motociclismo desportivo tem muitas disciplinas e existem por isso muitos campos de acção, mas estou certo que os nossos especialistas vão fazer um excelente trabalho. Podem voltar a perguntar-me no final do ano.’