Rally Dakar 2024, Kevin Benavides (KTM): “Vou lutar por uma terceira ‘estrela’ no Dakar”
É argentino, tem 34 anos e chama-se Kevin Benavides. Venceu o seu segundo Dakar em 2023, batendo o australiano Toby Price por 43 segundos. Foi um ponto alto para o piloto de Salta, concretizando assim o seu sonho pessoal de vencer por dois fabricantes: Honda e KTM.
Uma temporada que parecia tão promissora e com uma vitória tão grande foi prejudicada por uma fratura no fémur em fevereiro, na preparação para Abu Dhabi, e depois, em agosto, por uma fratura no pulso direito. Fora da disputa pelo título, Kevin apoiou e ajudou o seu irmão mais novo, Luciano, nas duas prova decisivas, o DR 40 e o Rally de Marrocos, que lhe valeram o Campeonato Mundial W2RC.
Como reflete Kevin, será difícil repetir esta circunstância única de um irmão vencer o Dakar e o outro o Campeonato do Mundo na categoria de motos no mesmo ano.
A vitória com a Honda foi uma tremenda motivação para Kevin em 2021. Só no último quilómetro é que soube que tinha finalmente triunfado. “Aquele foi o momento mais espetacular da minha vida”, lembra. Em abril, Kevin foi transferido da Honda para a KTM. No Dakar 2022, onde defendia o título, Kevin começou o rali com o pé atrás, perdendo quase uma hora na etapa de abertura. No dia 10, ainda na 5ª posição, a poucos minutos do líder, uma falha no motor obrigou-o a abandonar.
“O ano começou muito bem, mas parti o fémur antes de Abu Dhabi. Depois, enquanto me recuperava e testava com a equipa nos EUA, caí e lesionei o pulso. Todos os meus sonhos de lutar pelo Campeonato do Mundo cairam por terra. Depois juntei-me ao meu irmão no Desafio Ruta 40 e acho que foi importante. Decidi não correr em Marrocos porque não estava a lutar por nada, pois poderia ser perigoso. Fiquei ao seu lado para apoiá-lo e ajudá-lo durante o rali. E acho que isso foi positivo. Luciano ganhou o campeonato do mundo. Nós, como família, estamos orgulhosos e encantados com o que conquistamos”.
“Como será o próximo Dakar? Cada Dakar é único. E o próximo também será, com aquela etapa de 48 horas, que certamente terá um papel diferente. Teremos que adaptar a nossa estratégia. Ganhei o Dakar com a Honda, ganhei com a KTM – algo sem precedentes – e é verdade que não tenho nada a provar. Mas a motivação é a mesma: continuo a correr de moto porque adoro. Acho que tenho chance de conseguir mais. Sou ultracompetitivo. Vou dar o meu melhor. Vou partir com a esperança de ganhar uma terceira estrela”. Conclui o vencedor do último Dakar.
Piloto: Kevin Benavides
Moto: KTM 450 Rally (Red Bull KTM Factory Racing)
Nº 47
Participações no Dakar: 7
Melhores resultados: 2 x vencedor do Rally Dakar (2021, 2023)