WSBK: Saiba porque Ben Spies aconselhou Toprak a não ir para o MotoGP
Ben Spies teve uma curta carreira no Mundial de Superbike. Tricampeão AMA, o texano entrou no campeonato do mundo com a Yamaha em 2009 e venceu-o de forma espetacular como estreante. Foi o primeiro triunfo da Yamaha nas superbikes, e Spies foi recompensado com uma mudança para o MotoGP.
Porém, a subida à classe rainha acabou por ser o passo errado para o americano. Depois de 55 corridas com Yamaha e Ducati, muitas quedas e lesões, Spies encerrou a carreira em 2013.
Com base na sua experiência, Spies não recomenda a nenhum piloto de superbike que mude para a série de protótipos. “No MotoGP não se sente a moto. Tudo parece mais rígido, a moto e os pneus, enquanto na superbike sente-se tudo. Temos menos aderência, mas temos mais feedback”, disse o ex-piloto americano, agora com 39 anos ao podcast Gypsy Tales de Sam Zink.
“O meu estilo de pilotagem geralmente não era adequado para o MotoGP. Algo como o caso de Toprak Razgatlioglu, que coloco quase ao mesmo nível de Marc Márquez em termos de talento. Falei com ele depois dos testes com o M1 e disse que seria difícil para ele essa mudança”. Acrescentou.
Procurando um novo desafio, Razgatlioglu decidiu mudar para a BMW para o Mundial de Superbike 2024. A situação foi semelhante para o campeão mundial Jonathan Rea, que por vezes pensou em ingressar no MotoGP, mas despertou pouco interesse e por isso decidiu permanecer no Mundial de Superbike.
“O Jonathan Rea é outro piloto que tem talento suficiente para correr no MotoGP – mas teria de mudar o seu estilo”, diz Spies. “Ele provavelmente pensou que era melhor ficar no SBK e ganhar títulos do que ir para o MotoGP.” Concluiu o ex-campeão mundial de SBK.