WSBK, Testes Jerez: As primeiras impressões de Rea com a Yamaha
Entre o passado na Kawasaki e o presente na Yamaha, o hexacampeão mundial Jonathan Rea só viu coisas positivas no primeiro contacto com a R1 no circuito de Jerez. “As dúvidas que tinha desapareceram após as primeiras voltas, já me sinto em casa com a moto”, disse o experiente norte-irlandês.
Ver Jonathan Rea de azul Yamaha – ou melhor, de cinza a cor escolhida pelo fabricante japonês para os testes de inverno do Mundial de SBK em Jerez – foi surpreendente, mas ouvir as suas primeiras impressões foi ainda mais surpreendente. Na verdade, quem esperava uma longa adaptação do norte-irlandês à nova motor ficou desapontado, porque além dos tempos – indicativos até certo ponto – as sensações de Jonathan pareceram ser as melhores possíveis.
“Quando subi à moto pela primeira vez estava muito nervoso, impaciente para perceber a moto e se conseguia ser rápido, mas depois da primeira volta todos os pensamentos negativos desapareceram. Já me sinto em casa com a R1”. Começou por dizer a nova estrela da Pata Yamaha Prometeon que será o companheiro de equipa de Andrea Locatelli em 2024.
“Ao início a posição na moto pareceu-me estranha, mas uma vez na pista, parecia que já a conhecia há muito. Obviamente que há coisas a melhorar, ainda não me sinto perto do limite, mas hoje só vi coisas positivas. A Yamaha sempre me pareceu uma moto fácil. Gosto do caráter do motor da R1, que é muito linear. Para mim eles fizeram um excelente trabalho, mas eu já tinha entendido isso parcialmente seguindo a moto na pista.”
“No sábado, na corrida 1 de Jerez, quando o Locatelli me ultrapassou pensei: ‘é isto que eu quero, uma moto que possa ser pilotada com menos esforço no final da corrida’. Agora entendo como o Toprak conseguiu rodar de uma certa maneira e como esta moto tem potencial no final das corridas. Estamos apenas no começo, há muito o que fazer, mas é um começo positivo”.
Sobre o setup utilizado nos testes, o norte-irlandês referiu:
“Utilizei uma base que muitos pilotos Yamaha utilizam e por isso não alterei muitas coisas na moto. O que aconteceu na minha queda? Estava no interior da última curva quando tentei ultrapassar o Max Biaggi (o italiano campeão mundial participou nos testes com a sua Aprilia RSV4 pessoal), mas acabei por entrar numa zona molhada e caí. Em alguns locais as condições não eram perfeitas, depois veio a chuva e decidimos parar.”
Questionado sobre se sentiu triste ao passar pela box da sua antiga equipa, o Team Kawasaki Racing, o norte-irlandês revelou alguma nostalgia, mas pouco mais que isso…
“Não diria que senti tristeza, houve momentos difíceis nos dias da minha decisão , mas agora mudei a minha mentalidade a pensar no futuro. Sabia que trocaria uma família por outra e estou feliz que a minha antiga equipa esteja a trabalhar com um amigo como Alex Lowes.” Concluiu Rea.
Tempos dos Testes de Jerez, 2º Dia (Final)
1. Remy Gardner (AUS) Yamaha, SBK, 1:38.448 minutos
2. Nicoló Bulega (ITA) Ducati, SBK, + 0,278s
3. Jonathan Rea (GBR) Kawasaki, SBK, +0,731s
4. Alex Lowes (GBR) Kawasaki, SBK, +0,763
5. Andrea Iannone (ITA) Ducati, SBK, +0,887
6. Lorenzo Salvadori (ITA) Aprilia, MotoGP, + 1.221
7. Michael Rinaldi (ITA) Ducati, SBK, + 1.359
8. Stefan Bradl (ALE) Honda, MotoGP, + 1.384
9. Álvaro Bautista (ESP) Ducati, SBK, + 1.514
10. Bradley Ray (GBR) Yamaha, SBK, + 1.559
11. Michele Pirro (ITA) Ducati, SBK, + 1.576
12. Dominique Aegerter (SUI) Yamaha, SBK, + 1.655
13. Scott Redding (GBR) BMW, SBK, + 1.843
14. Garrett Gerloff (EUA) BMW, SBK, + 1.886
15. Axel Bassani (ITA) Kawasaki, SBK, + 2.898
16. Tarran Mackenzie (GBR) Honda, SBK, +3.662
17. Adriano Huertas (ESP) Ducati, SSP, + 4.022
18. Valentine Debise (FRA) Yamaha, SSP, + 4.636