Moto2, Austrália, Corrida: Arbolino vence corrida curta devido a más condições

Por a 22 Outubro 2023 02:32

A 15ª corrida do Campeonato do Mundo de Moto2 da temporada era liderada por Tony Arbolino quando foi interrompida com bandeiras vermelhas após 10 voltas devido a condições muito difíceis. Muitos piloto cairam, como o líder do mundial Pedro Acosta, logo na volta de aquecimento.

Ventos fortes, com rajada a rondar os 70-80 km/h, e chuva constante no circuito de Phillip Island, conduziram à interrupção da corrida de Moto2 com bandeira vermelha, numa altura em que Tony Arbolino liderava na frente de Aron Canet e Fermín Aldeguer. Essas foram as posições para o pódio de uma das corridas mais curta deste mundial. Com dois terços da corrida não completados, de acordo com o regulamento a prova deveria em principio ser retomada para mais seis voltas, mas a Comissão de Segurança decidiu dar a corrida por terminada devido às más condições atmosféricas. Uma decisão correcta.

 Filme da corrida

O líder do campeonato do mundo Pedro Acosta, foi o primeiro a viver um drama ao cair na volta de aquecimento. Durante minutos foi incerto se o espanhol (65 pontos à frente de Arbolino) teria a sua moto Kalex reparada disponível a tempo. Mas a queda foi lenta, então os danos foram limitados. O espanhol teria que iniciar a volta de aquecimento no pit lane.

O nível de aderência era extremamente baixo devido às baixas temperaturas exteriores de 12 graus, razão pela qual os pilotos da Moto3 caíram impotentes durante a corrida ao ligar a moto e acelerar. Mesmo no aquecimento matinal da Moto2, foram registadas sete quedas em dez minutos. Os pilotos de Moto2 tinham 23 voltas pela frente.

Logo na 1ª volta Alonso López caiu na frente, a visão era má e as condições mesmo inaceitáveis. Após a primeira volta, Sergio Garcia liderava sobre Salac, Arbolino, Dixon, Lowes, Aldeguer, Baltus, Roberts e Canet. Na 2ª volta caiu Darryn Binder.

Na 3ª volta Garcia estava  1,1 segundos à frente de Arbolino, com Filip Salac em terceiro; caiam nesta volta Barry Baltus, VD Goorbergh e Ai Ogura. Pedro Acosta vinha já na 18ª posição, a 23,2 segundo do líder. Duas voltas depois caiam Garcia e Lowes assim como Salac e Jake Dixon, numa altura em que já se questionava quando chegaria a bandeira vermelha. Bandeiras de cores claras são mostradas em todos os setores.

Perante tantas quedas, Tony Arbolino (Elf Marc VDS Racing) torna-se o novo  líder na 6ª volta, com uma diferença de 13,6 segundos (!) para Fermín Aldeguer;  vinham depois Canet, Guevara, Chantra, Alcoba, Roberts, Bendsenyer, Ramírez e  Hada, completando o top 10.

Na 7ª volta, Pedro Acosta que largou do pit-lane já era décimo, mas a 37 segundos do líder. Na 8ª volta, Arbolino continua a ser o melhor dos ‘sobreviventes’, 3,8 segundos à frente de Aldeguer e de Aron Canet. Acosta sobe a 9º mas sofre um deslize assustador  na “Miller Corner”.

A bandeira vermelha aparece finalmente à 10ª volta, depois de Casadei e Vietti também cairem. A distância de dois terços não foi concluída. Arbolino estava 15 segundos à frente de Canet e Aldeguer quando a corrida foi parada. Esperava-se um reínicio para mais 6 voltas mas que nunca chegou. Todos os pilotos se queixaram que é impossível obter temperatura no lado direito do pneu.

Com o vento também a soprar entre 70 e 80 km/h, não foi possível reiniciar a corrida e seriam atribuídos meios pontos. Então Arbolino consegue 12,5 pontos. Acosta perde 9 pontos para o italiano e vai para os últimos quatro Grandes Prémios com 56 pontos de vantagem.

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Ricardo Ferreira
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