MotoGP, Marc Márquez: “Rendo-me? Não, sacrifico-me pela Honda”
Perguntar a Marc Marquez como ele se sente neste período é quase trivial, mas necessário. O #93 da Repsol admite que atravessa uma fase triste da sua carreira no MotoGP.
“Sim, este é um momento particularmente duro para mim, talvez o mais duro de sempre. Trabalhei em Madrid com um fisioterapeuta e um médico, no intuito de recuperar a plena eficiência física. Permanece a fratura encontrada em Sachsenring , e também tenho uma costela levemente fraturada, o que porém não afetará a minha eficácia na moto”.
Questionado em Assen como se sente moralmente, o oito vezes campeão mundial disse:
“É um mau momento, a motivação está a diminuir. Mas acredito no projecto Honda, senão não teria vindo aqui para Assen. Estou a trabalhar para melhorar a RC213V, embora as evoluções trazidas não estejam como o esperado. Temos que chegar a um nível alto, ou seja, estar com os pilotos mais rápidos”.
E prosseguiu:
“Desistir? Nunca. Caso contrário, não estaria aqui em Assen. Se tivesse desistido, teria ficado em casa, aproveitando as férias de verão à espera do regresso. Mas não, este momento não é motivador para mim, mas estou a sacrificar-me e já expliquei o motivo. Porque quero reverter a situação negativa. A minha equipa técnica está empenhada e continua a trabalhar. Santi Hernandez tem sempre novas ideias e trabalha onde precisamos de crescer. Recolhemos muita informação, não paramos. Antes de Assen estive provavelmente num dos melhores momentos de forma, como demonstrado em Portimão na corrida.”
A pergunta seguinte foi difícil e a resposta pouco esclarecedora. Já ouviu os rumores que dizem que colocará um fim ao seu contrato com a Honda, indo para a KTM?
“Claro que já ouvi falar nisso e repito: estou a tentar melhorar a situação, aliás, amanhã (sexta-feira) vamos usar um novo quadro. A intenção é a igual ao início do ano, nada mudou. Tenho que andar no limite, agora fisicamente estou assim, porém posso adquirir informações e entender como intervir. Espero que venham as melhorias, no entanto, há uma coisa: eu sou o piloto, não o responsável técnico. Forneço opiniões que, entre outras coisas, coincidem com os outros pilotos Honda. Mas não sou eu quem decide como o desenvolvimento deve prosseguir.”