Moto3: Andrea Migno, o ‘desempregado’ que subiu ao pódio na Argentina
Na segunda ronda de Moto3, na Argentina, Andrea Migno foi chamado à última hora para substituir o lesionado Lorenzo Fellon na CIP Green Power. O italiano terminou a corrida em terceiro, 4,699 segundos atrás do vencedor da corrida Tatsuki Suzuki.
“É um grande resultado, senti-me muito confortável na moto e gostaria de agradecer à equipa por esta oportunidade. Estou animado para ver o que nos espera em Austin”. O italiano vai substituir Fellon novamente e espera somar mais um aos seus 12 pódios anteriores na Moto3 no Texas.
Em resumo, um fim-de-semana de sonho para um ano de nuvens negras, uma vez que o italiano de 27 anos está sem equipa desde o início do ano. Migno foi piloto permanente no Campeonato Mundial de Moto3 durante oito anos até ao final da temporada de 2022. Nessa altura, procurou um lugar na Moto2 e não encontrou, perdendo com isso uma vaga também na classe de motos mais ligeiras para 2023.
No ano passado com a Honda, Migno venceu a prova de abertura no Qatar, terminou no pódio em Austin e terminou a temporada em 9º da classificação geral. “Estive no pódio no Qatar e em Austin. O problema foi que a KTM conseguiu peças novas em Portimão, enquanto os pilotos da Honda, com exceção das motos da Leopard, não conseguiram”. Explicou.
Apesar de terminar no top 10 do campeonato, o italiano não encontrou vaga na campeonato do mundo de 2023.
“Incomoda-me esta situação, aqueles que estavam atrás de mim no ano passado podem pilotar este ano e eu não”, desabafou à GPOne. “Perdi tudo de um momento para o outro. Para uma temporada de Moto3 querem 200.000 euros e o mesmo para o CEV. Se queres ir para a Moto2, tens de colocar 400.000 euros na mesa.”
Ainda assim, Migno acredita no regresso aos GPs: “Continuo a treinar arduamente como se fosse uma corrida no domingo, mas não é fácil manter a motivação elevada. Ao mesmo tempo, estou considerando alternativas, porque não podes pagar as tuas contas de luz e gás com a esperança de uma vaga numa equipa”.