MotoGP, Testes Sepang: Os detalhes do primeiro dia, equipa a equipa

Por a 10 Fevereiro 2023 12:34

Marco Bezzecchi (VR46) foi o piloto mais rápido do primeiro dia de testes de Sepang, embora a tabela de tempos não seja tão relevante quando falamos de testes. As equipas procuraram trazer inovações para a pista, ficando aqui todos os detalhes.

Começando pela Honda, houve interesse no lado da garagem de Marc Márquez, que tinha quatro motos à sua disposição – uma com que terminou 2022, duas de 2023 que já foram vistas e outra com partes novas. Essa moto tem a nova entrada de ar, mas também as asas aerodinâmicas com que Márquez correu na segunda metade de 2021. Esta moto tem uma carenagem lateral e um braço oscilante de alumínio, mas que não é da Kalex. O número 93 admitiu que esta moto tinha um “caráter diferente”, embora a performance e o tempo por volta fossem semelhantes. Joan Mir tinha duas motos à sua disposição e terminou em 17.º – a pouco menos de meio segundo de Márquez, que foi 12.º – com Álex Rins (LCR) a ter uma afinação semelhante na sua box. O vencedor do GP de Valência terminou em 18.º, com Takaaki Nakagami (22.º), da LCR, a testar dois chassis diferentes e dois novos motores. O foco para o piloto japonês era voltar a sentir-se bem na moto depois de ter sofrido com uma lesão na mão no final de 2022.

Na Ducati, já foi referido o tempo mais rápido de Bezzecchi, com o GP22 a mostrar-se desde já rápido para 2023. De resto, Enea Bastianini foi mais rápido do que o seu colega de equipa e foi terceiro na tabela geral, com Jorge Martín (Pramac) a cinco milésimos, e Bagnaia em quinto. Bastianini esteve numa moto de 2022, tal como Bagnaia durante a maior parte do dia, embora com diferenças no dispositivo de altura. Mais tarde, Bagnaia também testou o novo pacote aerodinâmico visto no shakedown. Na Pramac, Jorge Martín não pareceu testar nada de novo, mas Johann Zarco foi visto com o novo pacote aerodinâmico, terminando em sétimo no primeiro dia. Dentro daqueles que estavam com máquinas de 2022, Bezzecchi foi o mais rápido, embora tenha caído na curva 7, mas também houve boas voltas de Fabio Di Giannantonio (Gresini) em oitavo, com o seu colega de equipa Álex Márquez – em estreia na Ducati – em nono. Luca Marini (VR46) foi 13.º.

Na Aprilia, Aleix Espargaró e Maverick Viñales tinham ambos três motos para testar. Ambos os espanhóis tinham uma especificação de 2022 e duas de 2023, vindo para a pista cedo. O novo RS-GP tem um pacote aerodinâmico atualizado, tal como os escapes, o chassis e o braço oscilante. Paolo Bonora admitiu que a nova moto é uma “evolução”, com pequenos ajustes em relação a 2022. Depois de um time attack final, Viñales rodou em 1:58.600 para terminar em segundo, com 67 voltas efetuadas – foi o piloto que rodou mais – e ficou com boa impressão da moto. Espargaró foi sexto, a quatro décimos do topo. Na RNF, Miguel Oliveira sofreu uma pequena queda de manhã no primeiro setor, efetuando ainda assim 50 voltas para terminar em 14.º. Raúl Fernández também se foi adaptando, efetuando 54 voltas para terminar em 15.º.

Do lado da Yamaha, não foi preciso esperar muito tempo para ver Fabio Quartararo a rodar com o pacote aerodinâmico experimentado por Cal Crutchlow no shakedown. O francês tinha três motos na sua garagem, tal como Franco Morbidelli, com a dupla a testar o novo motor. Mais uma vez, terminaram dentro dos melhores tempos nas zonas de deteção de velocidade, correspondendo aos desejos de Quartararo, que também foi visto a testar uma versão diferente do chassis de 2022. A Yamaha também trouxe novas condutas, que testou pela primeira vez. O campeão de 2021 ficou satisfeito com o progresso na velocidade, mas diz que ainda é preciso trabalho. Crutchlow não participou neste primeiro dia, guardando energias para os dois dias seguintes. Por outro lado, Katsuyuki Nakasuga juntou-se a Quartararo e Morbidelli em pista. Os pilotos de fábrica completaram 117 voltas entre eles, com Morbidelli em 10.º e Quartararo em 11.º.

Por fim, a KTM teve no seu reforço Jack Miller o seu homem mais rápido no primeiro dia, terminando em 16.º.  Ambas as motos de Miller estavam com o pacote aerodinâmico que tinha testado em Valência, mas não é o pacote testado por Dani Pedrosa no shakedown. Brad Binder terá estado a comparar especificações de motores, terminando no 21.º lugar. No que toca à GASGAS, Augusto Fernández retirou meio segundo à sua melhor volta do shakedown, terminando o dia em 19.º, com um novo assento. Pol Espargaró teve uma moto com o novo chassis que Binder testou em Valência, concluindo o dia logo atrás do seu colega de equipa.

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