Dakar, Etapa 4, Lusos: Patrão o melhor português em dia de muito azar para a comitiva

O dia 4 de Janeiro fica na história do Dakar 2023 como uma jornada para esquecer para o quinteto de pilotos lusos.

Após as intensas chuvas no final do dia anterior, Mário Patrão foi quem melhor se deu com a areia dura do percurso em torno de Ha’il com 425 km cronometrados muito exigentes. A competir sem assistência, o piloto de Seia alcançou um excelente 2º lugar na classe “Original by Motul” e foi o 33.º em termos absolutos. Na classificação geral, Patrão é 3.º na sua categoria e 40.º no global.

Rui Gonçalves teve um final de etapa absolutamente inglório. O transmontano rodou quase sempre entre o 11.º e o 13.º posto mas, nos derradeiros quilómetros, o motor da Sherco deixou de funcionar e o piloto de Vidago viu-se obrigado a utilizar uma boa parte das suas reservas de energia para empurrar a moto até ao final. 36.º na tirada, RG é agora o 24.º na geral.

António Maio ficou sem gasolina a 10 km da assistência e irremediavelmente perdeu muito tempo. O piloto da Yamaha chegou a esta etapa na 19.ª posição absoluta mas, com este percalço, foi apenas 64.º hoje e desceu para 27.º na tabela provisória.

Sebastian Buhler partiu para o troço de hoje no 15.º lugar da prova saudita mas tudo o que podia correu mal, correu mesmo mal. A poucos kms antes da zona de neutralização, o luso-alemão ficou sem combustível e teve de esperar muito tempo até que outro concorrente o ajudasse com alguma gasolina para chegar à zona de reabastecimento. O tempo que perdeu hoje relegou-o para o a atual 38.ª posição na classificação geral.

Por último, Joaquim Rodrigues ficou hoje fora de prova. O piloto da Hero caiu antes do km 90 e sofreu a fractura do fémur esquerdo. Imediatamente encaminhado para o hospital de Ha’il, o minhoto será sujeito a uma intervenção cirúrgica na Arábia Saudita. Uma pena este abandono já que “J-Rod” era 16.º na geral e esperava poder repetir o triunfo de 2022 numa etapa do Dakar.

Amanhã os pilotos poderão contar com uma quinta etapa marcada por muita areia. Esta será a segunda etapa em forma de loop, em torno de Ha’il. A jornada de 645.04 km compreenderá uma especial de 373 quilómetros cronometrados. Um percurso de pequenas dunas com erva-camelo dará lugar a vastas extensões “salpicadas” de dunas. A técnica de superação das dunas fará a diferença entre ganhar ou perder minutos: só os verdadeiros peritos dominarão a areia macia, sem perder tempo.

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(Foto: A2 Comunicação)

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