Dakar 2023: Apertem os cintos porque o espetáculo promete

Por a 27 Dezembro 2022 19:21

É já no próximo sábado que partem das margens do Mar Vermelho, na Arábia Saudita, os concorrentes do Dakar 2023. Entre eles estão na largada 125 motociclistas.

A emoção aumenta à medida que o grande desafio se aproxima, com um percurso entre dois mares composto por 15 dias de rali, incluindo uma passagem de quatro dias no Empty Quarter que elevará a distância total a 8.549 km, incluindo 4.706 km a serem percorridos na especial contra-relógio. São esperados 365 veículos na linha de largada montada em uma praia do Mar Vermelho, incluindo 125 motos.

Serão disputadas 14 etapas, precedidas de um prólogo a disputar em torno do Sea Camp no sábado, dia 31 de dezembro, a primeira inovação no quotidiano do rali. Se já conhecem as margens do Mar Vermelho desde 2020, os concorrentes estarão juntos pela primeira vez durante todo o período das “verificações” num bivouac XXL propício ao convívio.

Começará então a parte realmente desportiva, retornando aos locais já familiares de AlUla, Ha’il ou Riyadh, e finalmente passarão quatro dias no deserto ainda inexplorado do Empty Quarter. A areia será, de facto, o ingrediente predominante da ementa, cuja sobremesa também será servida numa praia, em Dammam, desta vez à chegada nas margens do Golfo Pérsico.

É provavelmente no final deste árduo e delicado exercício se formará de forma decisiva a hierarquia final entre as KTM de Toby Price, Kevin Benavides e Matthias Walkner, as GasGas do atual campeão Sam Sunderland e do seu companheiro de equipa Daniel Sanders, as Honda de Adrien Van Beveren, Ricky Brabec ou Pablo Quintanilla, ou até mesmo a Husqvarna de Skyler Howes. As Hero de Joaquim Rodrigues e Sebastian Buhler, ou as Sherco onde está o português Rui Gonçalves em parelha com Lorenzo Santolino, também podem ter uma palavra a dizer. Claro que, faremos um ponto mais preciso sobre as forças presentes ao longo das duas semana de prova.

Uma importante novidade chega este ano na categoria Motos: o bónus de tempo. A mecânica das ordens de partida produz efeitos de ioiô que penalizam o vencedor da etapa do dia anterior, forçado a largar na delicada posição de abridor. Um sistema de compensação foi implementado para recompensar aqueles que fornecem navegação na frente da corrida. A decifração instantânea das passagens nos waypoints entre o início da especial e a paragem para reabastecimento, permitirá identificar os pilotos que permaneceram na frente, de forma a atribuir-lhes os seguintes bónus: 1,5 seg./km ao primeiro; 1 seg./km ao segundo; 0,5 seg./km ao terceiro.

Exemplo: se o piloto que partiu primeiro abrir a estrada por 200 quilómetros, receberá 300 segundos de bónus (ou seja, 5 minutos), enquanto o segundo será recompensado com 200 segundos. (3’20”) e o terceiro de 100 seg. (1’40”).

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